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SIR NICHOLAS SEROTA: NOVAS PERSPETIVAS, COLEÇÕES E COLECIONISMO



CONSTANÇA BABO

2017-01-06




O Museu de Arte Contemporânea de Serralves aproximou-se de 2017 deixando o registo de um último ano marcado por conferências e conversas com algumas das maiores personalidades da esfera artística a nível nacional e internacional. A instituição manifesta o seu compromisso com a promoção da arte contemporânea e dá mais um passo no caminho para o avanço e conhecimento da arte e da cultura no nosso país.

A proposta foi lançada para pensar toda a esfera da arte contemporânea, desde a sua produção nas mais variadas formas, à sua exposição, curadoria e colecionismo, e suas relações com a atualidade. O auditório e a biblioteca do museu tornaram-se palcos de ocasiões inéditas, algumas que se destacam, aqui, pela possibilidade de representarem esta forte programação.

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Há 28 anos, quando Sir Nicholas Serota começou a trabalhar na Tate, procurou implementar exposições de arte contemporânea e estrangeira, o que foi recebido com hostilidade tanto por parte das restantes instituições como pelos artistas e curadores locais. Serota sentiu que a Inglaterra se afastava da Europa e da sua lógica de relação e troca cultural entre países europeus. Hoje, esse panorama ameaça regressar devido à recente saída do Reino Unido da União Europeia. Perante esta atualidade, torna-se particularmente importante que quem substitua Serota no cargo de diretor da Tate, em 2017, mantenha os mesmos valores e uma idêntica vontade em expandir globalmente a divulgação da arte.

Nicholas Serota pretendeu dar a conhecer a importância do papel do museu, tanto ao nível da criação e produção artística, como ao nível de exposição e contacto com o espetador. Nesse sentido e querendo potenciar uma circulação viva da arte, o diretor da Tate desenvolveu, desde cedo e até hoje, uma série de exposições por todo o país, colaborando com outras galerias e museus. Segundo Serota, é aí que a Tate se distingue de outras grandes instituições como o Centre George Pompidou, de Paris, ou o MoMA, de Nova Iorque: a Tate não é uma instituição só para a capital, mas para todo o país.

Em Portugal, ainda que numa outra escala, encontramos como exemplo disso o Museu de Arte Contemporânea de Serralves, principalmente com a atual direção de Suzanne Cotter. A instituição tem desenvolvido um esforço notável por levar a arte a públicos mais alargados do que aqueles que tem a possibilidade de visitar as galerias do museu. Caso disso são as exposições em Guimarães, Viseu, Faro, Lisboa ou até noutros espaços do centro do Porto, como o museu da Santa Casa da Misericórdia. Posto isto, foi sem dúvida pertinente trazer Nicholas Serota para fechar o ciclo Novas perspectivas, Coleções e Colecionismo.

De acordo com a temática vigente, o convidado começou por esclarecer a importância da relação entre o museu e a coleção, e a forma como esta potencia o crescimento de ambos. Isto verifica-se na Tate que teve como ponto de partida o desafio de tornar pública a coleção cedida por Sir Henry Tate. Ao espólio desse filantropo, acrescentaram-se novas obras, chegando à coleção extensa e valiosa que, hoje, conhecemos e que compõe uma das maiores instituições culturais de todo o mundo. Este princípio foi partilhado por outros espaços, sendo que Serota refere, como caso semelhante o MoMA, fruto de um acervo privado também oferecido, que é, agora, exponencialmente maior. Como Serota explana, "a coleção é a fundação do museu e representa a sua alma e coração".

Para a evolução da Tate a par do progresso da própria arte, Nicholas Serota trouxe, pela primeira vez, para as galerias da instituição, a fotografia, o vídeo e a performance. Procurou expor as práticas artísticas mais recentes, explorá-las e impulsionar a diversidade expositiva, para tal abrindo novos departamentos. Na conferência foi destacado o caso de Circa 68 (1999), uma exposição-manifesto em Serralves que surpreendeu através da junção de obras nacionais com estrangeiras, numa representação do mundo ocidental da época através de múltiplas linguagens experimentais.

Ora, também representativa dos valores e objetivos de cada museu, é a curadoria nele apresentada. Serota, consciente disso, foi um dos grandes percursores de uma nova concepção de exposições que recusa a organização das obras consoante ordem cronológica ou consoante movimentos artísticos. Ao invés, estabelece entre as peças relações de familiaridade menos evidentes do que as padronizadas. Surgem, assim, justaposições surpreendentes e, como Nicholas Serota conta, chocantes para alguns. Dentro desse registo, procura identificar relações que a arte estabeleça com o corpo, o objeto, a paisagem, a sociedade e sua atualidade. É, precisamente, ao encontrar obras que se aproximam, mesmo quando apresentam distâncias temporais e espaciais, que se proporciona uma maior abertura no entendimento da criação artística.

Atualmente, a disciplina da Teoria e Crítica de Arte já defende que a arte deve ser analisada para além das suas características formais. Estas últimas permanecem importantes para uma total exploração do objeto artístico, mas devem ser compreendidas em conjunto com outros factores, tais como o contexto de produção e do autor e, seguidamente, o de exposição. Aprofundar o entendimento de uma obra está, também, em pensar a sua "essência", o que o objeto comporta de mais profundo e a experiência estética que causa no espetador. É precisamente, na consideração de todos estes elementos que se desenha o cenário mais propício para desenvolver uma exposição dinâmica e singular.

Hoje, a produção artística apresenta um impressionante e veloz crescimento, alcançando uma amplitude ímpar que provoca, por um lado, competição entre as instituições e, por outro, pressão por parte do mercado. Assim, estabelece-se uma emergente necessidade em desenvolver novas estratégias para evidenciar as exposições e impulsionar o crescimento das instituições culturais e artísticas. Para Nicholas Serota, a resposta reside na expansão, em primeiro lugar, geográfica, de seguida em relação ao médium e, por fim, de género. As questões de género que Serota destaca, de acordo com a sua preocupação em enaltecer as mulheres artistas, constitui uma problemática universal que beneficia quando explorada pela esfera artística. Do mesmo modo que, desde sempre, os artistas utilizaram a sua produção artística como veículo de crítica e ação social, hoje o mesmo pode concretizar-se pela mão dos curadores e museus.

Através do trabalho de Nicholas Serota, vemos como a globalização da arte e da cultura se une ao desejo da igualdade entre práticas artísticas, raças e géneros, constituindo esta uma das vocações atuais da arte mais contemporânea. Este propósito, acompanhado do ímpeto de avançar de acordo com o tempo e a atualidade, deve pulsar em toda a esfera artística de modo a interpelar o espetador e o mundo. Tal como Suzanne Cotter referiu, no inicio da sessão, "o museu e a sua coleção são ativos no conhecimento, no ensino da arte, e são representativos do que somos como humanos e sociedade".


Constança Babo