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FOCO EM MADRID: ARCO E 12 EXPOSIÇÕES PARA VISITARARTECAPITAL2013-02-09A Turquia é país convidado da 32ª edição da ARCOmadrid que se realiza de 13 a 17 de fevereiro com a participação de 201 galerias de 27 países. Uma das grandes novidades desta edição é ela ser a mais internacional dos últimos anos, registando a afluência de 133 galerias estrangeiras. Nesta edição, Portugal estará representado com 11 galerias: de Lisboa, a 3+1 Contemporary Art, a Baginski Galeria/Projetos, Carlos Carvalho - Arte Contemporânea, Filomena Soares, Caroline Pagés, Pedro Cera e Vera Cortês, do Porto, a Quadrado Azul e Nuno Centeno; de Braga a Galeria Mário Sequeira e de Ponta Delgada, a Galeria Fonseca Macedo. O Programa Geral da feira reúne 146 presenças e os Programas Comissariados 55 galerias. A secção FOCUS TURQUIA conta uma secção de galerias selecionadas e comissariadas por Vasif Kortun, diretor de investigação e programas da SALT Istambul, e da sua comissária adjunta Lara Fresko. As galerias deste núcleo são 10, todas elas de Istambul, e darão destaque a artistas fundamentais da cena artística turca: a Dirimart expõe Ramazan Bayrakoğlu, a Elipsis Gallery exibe obras de Özant Kamaci, a Maçka Sanat Galerisi (Msg) apresenta Serhat Kiraz, a Mana representa Kutluğ Ataman, a Nev Istanbul exibe Ali Kazma, a Non não tinha designado até ao momento o artista em destaque no seu stand, a Pilot levará Bashir Borlakov, a Rampa, Servet Koçyiğit, a Rodeo, Banu Cennetoglu e a X-Ist, Canan. Paralelamente a este programa que decorre no espaço da feira, realizam-se exposições de artistas turcos em galerias e centros de arte da cidade. Halil Altindere, tem uma exposição individual no Centro de Arte 2 de Mayo (CA2M), La Casa Encendida apresenta uma seleção de vídeos de Ali Kazma e no Matadero Madrid há uma exposição, Here together now que reúne vários artistas turcos: Sibel Horada, Ïz Öztat, Dilek Wincjester, Yasemin Nur, Özgur Erkok, Husos, Cristina Anglada, Pedagogías Invisibles e Theo Firmo. O conjunto de programas comissariados da ARCO inclui iniciativas como OPENING: JÓVENES GALERÍAS, que reúne 25 galerias com menos de sete anos de trajetória vindas da Ásia, América e Europa, selecionadas por Manuel Segade, comissário e crítico de arte, e Veronica Roberts, comissária do departamento de arte moderna e contemporânea do Blanton Museum em Austin, no Texas. Também SOLO PROJECTS, que congrega 21 projetos de arte de artistas latino-americanos selecionados pelos comissários Inti Guerrero, diretor artístico associado de TEOR/éTica (Costa Rica); Catalina Lozano, comissária independente e cofundadora de de_sitio (México); Gabriel Pérez Barreiro, diretor da Fundación Cisneros /Colección Patricia Phelps de Cisneros, (Nova Iorque e Caracas); Alexia Tala, comissária independente (Chile), e Cristiana Tejo, comissária independente (Brasil). SOLO OBJECTS, constitui uma secção dedicada a peças artísticas de grande formato que integra 17 projetos de galerias espanholas e estrangeiras, comissariadas por Manuel Blanco, catedrático de composição arquitectónica ETSAM-UPM. Uma das grandes novidades de ARCOmadrid é o lançamento de ARCO Collect online, uma plataforma virtual de comercialização de arte que, com a colaboração de Paddle 8, coloca à venda, de 7 a 24 de fevereiro, uma seleção de mais de 1.000 obras do acervo das galerias participantes na feira, com um preço inferior a 5.000 euros. Esta iniciativa de venda online de arte que visa afirmar uma nova forma de conquistar novos mercados, complementa-se no espaço físico do Pavilhão 10, onde se expõe uma seleção das obras disponíveis na rede, realizada pela comissária Tania Pardo. Como seria de esperar os museus e centros de arte da capital espanhola oferecem nesta altura o melhor do seu programa anual. Destacamos as mostras dedicadas a coleções privadas, como a Colección Cisneros, patente no Museo Nacional Centro de Arte Reina Sofía; a Colección Cranford, na Fundación Banco Santander, e a Colección da Casa de Alba, no CentroCentro; bem como 12 mostras imperdíveis que estarão em cartaz em 6 centros culturais de Madrid e arredores. 1. No Reina Sofia, estão patentes as seguintes mostras: Perder la forma humana. Una imagen sísmica de los años ochenta en América Latina Perder la forma humana aborda os anos oitenta na América Latina, assinalando o aparecimento múltiplo e simultâneo de novos modos de fazer arte e política em diferentes pontos da América Latina durante aquela década. Robert Adams: el lugar donde vivimos. Una selección retrospectiva de fotografias É a primera exposição retrospetiva de Robert Adams em Espanha e nela figuram os principais projetos deste fotógrafo, na sua maior parte concebidos inicialmente como livros. Cristina Iglesias: Metonimia Esta mostra apresenta-se como a maior retrospetiva da artista até à data. Através de mais de cincuenta peças, a exposição examinará a sua ampla produção desde meados dos anos oitenta até à atualidade, com incidência na escultura, sobretudo na vinculada ao espaço público. Jiří Kovanda: Dos anillos dorados Mostra do artista checo Jiří Kovanda (Praga, 1953), autodidata que iniciou a sua carreira em meados dos anos setenta e cuja obra está próxima da arte conceptual e do accionismo. María Blanchard Esta exposição monográfica dedicada a María Blanchard (1881-1932) reivindica a trajectória artística e pessoal desta pintora, no âmbito das Vanguardas da primeira metade do século XX. Heimo Zobernig A mostra deste artista austríaco, que aborda criticamente diversos médios como a pintura, a escultura, o vídeo, a instalação, a intervenção arquitectónica e a performance, está patente no Palacio de Velázquez (Parque del Retiro) e tem comisariado de Jürgen Bock. 2. Matadero Los Carpinteros: Candela A dupla de artistas cubanos Los Carpinteros ocuparam o perímetro da antiga câmara frigorífica do Matadero com uma grande escultura. O seu motivo é o fogo e a sua produção segue uma técnica habitual, usada em peças de propaganda política em Cuba e outras regiões da América, como a que foi empregue no célebre relevo de Che presente na fachada do Ministério Interior na Plaza de la Revolución em La Habana. 3. Centro de Arte Dos de Mayo (CA2M) Pop Politics: Activismos a 33 Revoluciones A exposição expõe uma reivindicação das formas políticas específicas produzidas na música Pop (formas musicais populares urbanas, seja o rock, punk, postpunk, disco, electro ou hip-hop) através das práticas artísticas contemporâneas. 4 e 5. Impressionismo no Museo Thyssen e na Fundación Mapfre Duas exposições simultâneas no Museo Thyssen e na Fundación Mapfre reactualizam a narrativa sobre uma das irrupções maiores na história da arte: o Impressionismo. A pintura a óleo ao ar livre e as relações de Monet, Corot, Cézanne ou Van Gogh com a natureza estão em destaque em Impresionismo y aire libre. De Corot a Van Gogh no primeiro caso, e os tesouros do museu de Orsay no segundo, com a mostra Impresionistas y postimpresionistas. El nacimiento del arte moderno. Obras maestras del Musée d’Orsay. Neste espaço está também em cartaz a exposição Luces de Bohemia. Artistas, gitanos y la definición del mundo moderno. 6. CaixaForum Maestros del caos: artistas y chamanes A CaixaForum expõe a desordem, o carnaval e limites que conduzem do teatral ao grotesco e da máscara ao terror numa mostra intitulada Maestros del caos: artistas y chamanes. Organizada pelo museu de Quai Branly é comissariada por Jean de Loisy, presidente do Palais de Tokyo. A abordagem cobre as culturas ancestrais bem como a criação atual e visa identificar os mediadores, artísticos ou espirituais, num conflito tão velho como o mundo, entre a ordem e o caos. Máscaras, trajes, amuletos, bastões e uma panóplia de artefactos de tribos como a hopi e navajo nos Estados Unidos, os inyai-ewa de Papúa Nueva Guinea, uma máscara do demónio Maha-Kola, do Sri Lanka, anterior a 1890, convivem com vários Caprichos de Goya, com o registo da célebre performance de Joseph Beuys, Como explicar pintura a uma lebre morta (1965), e obras de Jean-Michel Basquiat, Thomas Hirschhorn, Paul McCarthy, entre outros. ::::::::::::::: |