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O ESTADO DA ARTE


Serge III Oldenbourg, Sem Título, 1974. Paleta colocada dentro de arame farpado. Col. Galeria Alvarez


Vista geral da exposição dos materiais do ciclo internacional PERSPECTIVA 74. Programa 'LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES'. 21 a 24 abril 2022, Rampa.


H. Yokoyama, Sem título, 1974. 6 páginas do Jornal de Notícias com intervenção do artista entre 23/02–04/03/1974. Col. Galeria Alvarez


Vista geral da exposição dos materiais do ciclo internacional PERSPECTIVA 74.


Vista geral da exposição dos materiais do ciclo internacional PERSPECTIVA 74.


Vista geral da exposição dos materiais do ciclo internacional PERSPECTIVA 74.


Vitrine com documentação do Ciclo Internacional Perspectiva 74. [1]


Vitrine com documentação do Ciclo Internacional Perspectiva 74. [2]


Vitrine com documentação do Ciclo Internacional Perspectiva 74. [3]


Vitrine com documentação do Ciclo Internacional Perspectiva 74. [4]


Vitrine com documentação do Ciclo Internacional Perspectiva 74. [5]


António Olaio reflectido na obra de Serge III Oldenbourg, Sem Título, 1974. Técnica mista sobre madeira e espelho, 68 x 63 cm. Col. Galeria Alvarez


Ensaio da performance de António Olaio, "Starship Diagonale", 21 de Abril 2022, Rampa.

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EGÍDIO ÁLVARO (1937-2020). ‘LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES’

PAULA PINTO

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O programa “LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCE” visa a recuperação, documentação e activação do espólio do crítico de arte Egídio Álvaro (Coimbra, 1937 - Montrouge, 2020). Este espólio amplamente dedicado à história nacional e internacional da performance-arte dos anos 70 e 80, será activado no espaço RAMPA (Pátio do bolhão 125,Porto) entre os dias 21 de Abril e 11 de Junho de 2022, através de uma série de actividades que integram: a exposição física de alguns dos seus materiais visuais e documentais, sessões de visualização de fotografias e vídeos em formato digital, escuta de registos sonoros, apresentação de performances originais ao vivo e recriações de performances documentadas no espólio, exposição de obras de artistas plásticos realizadas propositadamente para este programa, uma oficina gráfica de cartazes e conversas informais com artistas e outros agentes sobre a actividade profissional deste crítico de arte e promotor cultural, bem como com interessados nas temáticas surgidas em torno da construção de um arquivo de performance-arte e problemáticas adjacentes.  

Para que serve um espólio de fotografias e vídeos inéditos sobre encontros e festivais de arte e performance em Portugal (1974-1987)? Se alguma instituição museológica chegar a mostrar interesse no seu acolhimento, quanto tardará até que possa ser publicamente consultável e que visibilidade lhe dará? Que papel têm tido as instituições museográficas e as bibliotecas do país na preservação de obras e acervos documentais, na promoção da história de arte portuguesa e na sua visibilidade? Que museus estão preparados para o acolhimento de espólios documentais? Porque são importantes estes espólios documentais e que oportunidades existem para que artistas e intelectuais independentes os trabalhem? Quais as diferenças entre visionar fotografias, vídeos e ter acesso a relatos e depoimentos de diferentes artistas? 

É fundamental que estes materiais sejam cultural, visual e materialmente tratados e que conteúdos históricos e teóricos sejam produzidos sobre o trabalho do crítico de arte Egídio Álvaro, mas igualmente sobre os artistas que com ele colaboraram, chamando a atenção para a falta de responsabilidade institucional de lhes conferir visibilidade e permitir que o seu interesse se renove. Reconhecer, celebrar e activar o espólio documental de Egídio Álvaro, abrindo-o a uma comunidade de artistas, historiadores e outros interessados na história da performance arte, será um sinal importante para o trabalho que qualquer instituição venha a fazer no futuro com o mesmo e confere-nos a todos uma oportunidade para pensar na presente condição das artes em Portugal.  

Este programa representa uma oportunidade para lembrar a performance enquanto expressão artística e inscrever a sua história na cultura portuguesa, mas sobretudo debater e renovar a abordagem cultural sobre materiais documentais e visuais que, com o passar do tempo, necessitam de ser activados por novas gerações, encontrar novos espaços e meios de exposição. Ainda estamos na fase das perguntas, em que as respostas são certamente desconhecidas.... 
 
O programa estende-se por sete semanas (entre 21-24 de abril e 4 de maio-11 de junho de 2022), contemplando a contínua digitalização, documentação e tratamento de materiais ainda não identificados no espólio de Egídio Álvaro e a exposição de outros que têm sido trabalhados ao longo dos últimos meses, abordando questões como a organização de ciclos de exposições e festivais de arte viva em Portugal, a programação da galeria Diagonale dirigida por este crítico de arte a partir de 1979 em Paris, o enfoque sobre uma selecção de performances que nos permite problematizar diferentes abordagens desta arte corporal e a construção do website “performingthearchive”. Durante estas sete semanas, alguns dos materiais do espólio serão expostos no espaço expositivo da RAMPA com o intuito de evidenciar algumas destas temáticas, sendo convidados artistas a colaborar na documentação de um espólio que ainda não se encontra organizado, no depoimento de memórias de trabalho, na activação de conversas e materiais de arquivo, na produção de novas interpretações artísticas a partir destes materiais visuais e culturais e na apresentação de performances ao vivo. 

 

CICLO INTERNACIONAL PERSPECTIVA 74 

Entre 21 e 24 abril, o programa LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES foi inaugurado com a exposição de uma série de materiais do ciclo internacional PERSPECTIVA 74.   

Em Outubro de 1973 (mês do lançamento da Revista de Artes Plásticas Nº1), Egídio Álvaro convidou em nome da Galeria DOIS, uma série de artistas a participarem numa exposição consagrada a alguns aspectos da “arte contemporânea”; ainda antes do conceito mais genérico de performance resumir um campo experimental que se apropria de elementos associadas a diversas artes, surgem nesta época expressões como: intervenções, arte conceptual, arte processo, arte ideia, arte transversal, arte lúdica, dialéctica da duração, arte da troca, arte corporal, crítica do suporte, arte de comportamento, espaços vivos, ambiente, instalação, escultura-viva, situação, arte viva, etc..., que procuram inscrever novos registos artísticos. Depois de reunir preliminarmente com Da Rocha (ou Paris Couto), Hubert, Moucha, Pineau, Schwind, Tomek e Yokoyama, dirige o convite a Alvess, Ben, Brecht, Borgeaud, Dixo, Filliou, Gerz, Klassnick e Oldenbourg. As exposições durariam 1 semana/cada, com direito a um desdobrável com formato A3 (dobrado ao meio), um catálogo geral a ser organizado durante uma retrospectiva na última semana do ciclo e a edição de um álbum serigráfico com uma edição de 100 exemplares de cada artista. A viagem e a estadia dos artistas eram asseguradas pela Galeria Dois, tendo como seu centro de acolhimento a Casa de Valadares, de Jaime Isidoro (1924-2009).  

O ciclo, organizado por Egídio Álvaro para as galerias do Grupo Alvarez, estendeu-se às ruas, mercados, praias, cafés e praças públicas do Porto. Inaugurou a 16 de Fevereiro de 1974, antes da Revolução de Abril, mas celebrava já uma mudança nos comportamentos artísticos, destabilizando o estatuto dos objectos artísticos comercializados pelas galerias e expondo um público não especializado a novos modos de produção artística. Entre 16 Fevereiro e 1 Maio 1974, o Ciclo Internacional Perspectiva 74 reuniu treze artistas de seis países – Polónia, Japão, Portugal, Inglaterra, França e Checoslováquia: Tomek Kawiak, Yokoyama, Alberto Carneiro, Roland Miller e Shirley Cameron, Jacques Pineau, Da Rocha, Pierre-Alain Hubert, Miloslav Moucha, Manuel Alvess, João Dixo, Robin Klassnick e Serge III Oldenbourg. Ampliando o terreno de recepção pública da arte à escala da cidade, este ciclo foi fundamental para o desenvolvimento da performance-arte portuguesa.  

 

GALERIE DIAGONALE (Paris) 
 
Depois de conhecer o novo director da Secretaria Portuguesa do Turismo em Paris, em 1977, Egídio Álvaro organizou várias exposições nessa pequena galeria na rue Scribe, que tinha por ambição transformar-se num centro de arte portuguesa. Esse espaço toma de imediato o nome DIAGONALE e Egídio Álvaro acaba por assumir a sua programação como uma primeira fase da direcção da sua galeria. A partir de Abril de 1977 apresenta: uma colectiva –“Le Fil Conducteur” (19 abril – 5 maio), com Henrique Silva, Natividade Correa, Vítor Fortes, Graça Morais e Jaime Silva e três exposições individuais – Carlos Carreiro (10-30 maio), João Dixo (31 maio-20 junho) e Sérgio Pombo (30 junho-16 julho). O Adido Cultural Português acaba por alegar o fecho da galeria da Secretaria Portuguesa do Turismo para a realização de obras (aparentemente não voltando a abrir), mas em 1978 Albuquerque Mendes (9-31 maio) ainda inaugurou uma exposição individual na Galerie Diagonale/ Rue du Scribe. 

Já em 1979, o Centro Cultural Português da Fundação Calouste Gulbenkian (Av. de Iéna) inicia um ciclo dedicado aos seus bolseiros e Egídio Álvaro propõe algumas exposições e escreve alguns textos. São exemplo os textos para o catálogo de Gonçalo Duarte (Maio 1979) e de João Dixo (Abril 1979). A Fundação Calouste Gulbenkian decide igualmente terminar este ciclo de bolseiros e a exposição de Miguel Yeco, que estava programada há 7 meses, é cancelada, depois da administração da Gulbenkian ter decidido que não queriam performances no seu centro cultural.  

Com a colaboração de um amigo, Egídio Álvaro tinha encontrado um espaço com um pequeno jardim num pátio em Montparnasse. As actividades da Galeria Diagonale, 10 Boulevard Edgar Quinet (75014 Paris), que abriu imediatamente no dia 25 de Abril de 1979, iniciam com a exposição e performance que Miguel Yeco tinha visto cancelada na Gulbenkian. Na capa do catálogo, o nome da Fundação Calouste Gulbenkian aparece cancelado com uma cruz, mas a marca foi transposta da capa do dossier enviado por Miguel Yeco para a Gulbenkian. 

Muitos artistas portugueses acabam por expor na Galerie Diagonale até aos anos 90: Da Rocha, Armando Azevedo, Manoel Barbosa, Albuquerque Mendes, Elisabete Mileu, Gerardo Burmester, Miguel Yeco, António Barros, Natividade Correa, Carlos Gordilho, Luís Garcia, António Olaio, entre muitos outros. Mas Egídio Álvaro identificava a Galerie Diagonale como um “lugar de encontros internacionais”, expandindo a sua programação dentro e fora da galeria, por festivais organizados por si ou em parceria com outras instituições culturais. Vocacionada para a performance, apresentou instalações, exposições, arte postal, dança, música, fotografia, vídeo e foi palco de muitos debates.  

Como o nome indica, a galeria DIAGONALE assumiu-se como lugar de investigação, de encontros e trocas, encruzilhada de linguagens disruptivas, superfície de revelação de clivagens, sem fronteiras, pela criação total e circulação sem entraves.  

A apresentação deste segundo momento do programa LEMBRAR O FUTURO: ARQUIVO DE PERFORMANCES decorrerá de 4 a 7 de maio.

 

 


Paula Parente Pinto
Licenciada em Artes Plásticas: Escultura, Faculdade de Belas Artes do Porto (1998); Mestrado em Arquitectura e Cultura Urbana, Universidade Politécnica da Catalunha, Barcelona, Espanha (2004); Doutoramento em Estudos Visuais e Culturais, Universidade de Rochester, NY, USA (2016). Tem trabalhado em Investigação histórica e como curadora independente em inúmeras exposições.

 


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Egídio Álvaro (1937 - 2020)
"Lembrar o Futuro: Arquivo de Performances"

21/04 a 11/06/2022

Curadoria: Paula Parente Pinto

Rampa, Porto

 

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Notas às Legendas

[1] Serge III Oldenbourg na Galeria Dominguez Alvarez (22 Abril – 1 Maio 1974)
Folheto da exposição-contestação
Jaime Ferreira, ”Do arame farpado à pintura sem problemas”, in Comércio do Porto, 27/04/1974.
António Pereira de Sousa, Reportagem fotográfica, Ampliações fotográficas sobre papel, 1974.

[2] João Dixo na Galeria Alvarez Dois (13 – 20 Abril 1974)
Folheto da exposição “Sobre histórias da minha terra, 30 trabalhos gratuitos como matéria para que você faça obras de arte”
Jaime Ferreira, “O Homem da Rua discutiu com o pintor Dixo na Perspectiva 74”, in Comércio do Porto, 23/04/1974.
António Pereira de Sousa, Reportagem fotográfica, Ampliações fotográficas sobre papel, 1974.

[3] Rolland Miller e Shirley Cameron frente à Câmara Municipal do Porto e na Galeria Alvarez Dois (9 – 15 Março 1974)
Folheto da exposição
“Dois artistas ingleses deram espectáculo na Avenida dos Aliados”, in Diário Popular, 22/03/1974.
Jaime Ferreira, “Dois plastífices ingleses fazem escultura cénica”, in Comércio do Porto, Março 1974.
António Pereira de Sousa, Reportagem fotográfica, Ampliações fotográficas sobre papel, 1974.

[4] Da Rocha na Galeria Alvarez Dois (23 – 29 Março 1974)
Da Rocha, Disposition des murs des oeuvres de la Galerie Alvarez, desenho sobre papel, 50 x 65 cm,1974
Da Rocha, Couleur d’âne en fuite, 5 Acrílico sobre tela, 17,5 x 10 cm/cada, 1974
António Pereira de Sousa, Reportagem fotográfica, Ampliações fotográficas sobre papel, 1974.

[5] Alberto Carneiro na Galeria Alvarez Dois (4 – 8 Março 1974)
Alberto Carneiro, 2 originais para Arte ecológica – Operação estética em Vilar do Paraíso, 1973, Desenho a tinta da china, mapa com colagem e fotografias sobre papel
Col. Galeria Alvarez
Jaime Ferreira, “Sensacionalismo de Alberto Carneiro”, in Comércio do Porto, 10/03/1974.
António Pereira de Sousa, Reportagem fotográfica, Ampliações fotográficas sobre papel, 1974.