Links

ENTREVISTA



SILVESTRE PESTANA


O artista visual, poeta e performer Silvestre Pestana, natural do Funchal, recusa-se a falar do passado, que no caso foi extremamente criativo, irreverente e pleno, brincando até connosco com o facto da própria queda de cabelo: “Não me envolvo no tentar recolher o cabeloâ€, vendo-se “sempre confrontado com uma grande dificuldade em elaborar verdadeiras ou falsas memóriasâ€. Melhor dizendo: o que faz hoje em nada se relaciona com o que fez ontem, tendo unicamente a ver com a atualidade e com o seu pensamento face à sociedade, política e factos do dia a dia.
LER MAIS

O ESTADO DA ARTE



JOÃO BORGES DA CUNHA


LEONOR D’AVANTAGE
A exposição «da desigualdade constante…» é um recinto de conhecimento e de reconhecimento, e não um simples hall de contemplação. A figura maior que a Antunes foi dada compor é a do labirinto, num contexto e numa atmosfera em que, por via do racionalismo árido do hangar de Leslie Martin, um típico open-space museológico pós-Beaubourg, tal pareceria uma impossibilidade, pois que se trata de labirinto que logo à entrada, mas muito enganadoramente, parece mostrar os seus meandros e revelar o seu caminho. Os fios de Ariadne estão todos à mostra. Por isto, há que dizer que quem realizou a grande reconversão do edifício do CAM não foi Kengo Kuma, mas a exposição astuta de Leonor Antunes.
LER MAIS

PERSPETIVA ATUAL

INÊS FERREIRA-NORMAN


CINEMA ECOLÓGICO: ECOCRÃTICA, ABORDAGENS E EMOÇÕES NO CINE-ECO SEIA. PARTE II: COMPLEXIDADE: EXTREMISMO, EXPERIMENTALISMO E CUIDADO NAS RELAÇÕES
Está a ser mesmo muito difícil a nossa sociedade, o nosso modo de vida, se desprender dos combustíveis fósseis. A revolução tecnológica chamada verde é enaltecida por muitos como a solução para todos os nossos problemas, mas o movimento de justiça climática questiona como é que com a continuação da mineração e da produção desenfreada se resolvem os problemas que temos. Não podemos substituir uma economia extractivista (petróleo) com outra (lítio), isso não é inovação, e muito menos ‘verde’. Mais recentemente ainda, está em causa o consumo de água e energético que a Inteligência Artificial usa.
LER MAIS


OPINIÃO

CRISTINA FILIPE


TUBOLAGEM, DE MARIA JOSÉ OLIVEIRA
O som do batimento do coração da artista é o elemento central desta exposição. Parte integrante de Cubo — um grande white cube suspenso no piso térreo —, expande-se livremente por todo o espaço da galeria e embate no nosso corpo, ecoando. Impossível alhearmo-nos desta batida cardíaca que ressoa em nós confundindo-se com o bater, silencioso e quase impercetível, do nosso coração. O som ouve-se, desta forma, em stereo através de dois canais áudio, reproduzido por duas colunas diferentes — o corpo da artista e o nosso.
LER MAIS

ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


SANAA, SEJIMA + NISHIZAWA
A exposição SANAA, Sejima + Nishizawa convida o público a explorar o ethos arquitectónico da dupla japonesa Kazuyo Sejima (1956) e Ryue Nishizawa (1966), vencedora do prémio Pritzker em 2010, reconhecida também pelo equilíbrio entre inovação e sensibilidade ao contexto. Organizada pelo Museu de Serralves, a mostra dialoga com a recém-inaugurada Ala Ãlvaro Siza, que celebra agora o seu primeiro aniversário, criando uma rara oportunidade para reflectir sobre as intersecções entre tradição e modernidade na arquitectura contemporânea.
LER MAIS

ARTES PERFORMATIVAS

CATARINA REAL


WALK A MILE IN MY DREAMS
Assaltou-me o pensamento de que determinados gestos que ternamente poderão ser considerados como cuidados de protecção das próprias obras, contribuam para a tentativa da sua desvitalização. Em artistas cujos egos são desproporcionais ao seu encanto - digamos, o paradigma do artista do século XX e que, esperança!, se muda lentamente - tais gestos de desvitalização nunca são executados. Artistas vivos? Impensável contrariar o génio. Artista morto? Vêm os acólitos destas figuras egóicas defender a boa aparência da forma, a resistência da arte por si mesma. Naturalmente, cedo a um certo desdém...
LER MAIS






PREVIEW

14ª edição do Festival Internacional de Dança Contemporânea GUIdance 2025 | 6 a 15 fev, Guimarães


O GUIdance 2025 apresenta um programa que estimula formas de expressão virtuosa, poética, radical, social e política através do compromisso de relação integrada com a "parte outra", que pode ser humana e mais que humana.
LER MAIS

EXPOSIÇÕES ATUAIS

JORGE GALINDO

BLACK PAINTINGS


Galeria Duarte Sequeira, Braga

Um encontro com a audaciosa obra do enigmático artista espanhol Jorge Galindo exige uma reavaliação constante daquilo que entendemos por expressão artística e pela própria relação entre o gesto, a forma e o significado. A escala monumental das suas telas, que exploram a relação entre o gesto expressivo, a abstração e a figuração, através de um uso vibrante da cor e de gestos pictóricos irrestritos e dramáticos, traduz a busca incessante do artista por liberdade, renovação e transcendência.
LER MAIS THELMA POTT

JOANA VASCONCELOS

TRANSCENDING THE DOMESTIC


MICAS — Malta International Contemporary Arts Space,
A obra de Joana Vasconcelos, corrijo, a apreciação da obra de Joana Vasconcelos, sendo relativamente consensual entre o demais público, é altamente contestada no seio do que vagamente nomeamos como mundo artístico. Pela adesão massiva às suas exposições, pela capacidade produtivamente fabril, e, talvez, por proclamar uma portugalidade atravessada por ícones cuja história é terraplanada para que se celebrem acriticamente, a prática e obra de Joana Vasconcelos é desconfiadamente aproximada.
LER MAIS CATARINA REAL

JOSÉ LOUREIRO

O DEFEITO PERFEITO


Galeria Fernando Santos (Porto), Porto
Corpos em posições inusitadas, menosprezados nas suas possibilidades anatomicamente correctas da representação do dinamismo do movimento. Ademais, parece haver um trabalho de acumulação historial que se vai agrupando, pois ínsitas nestas estranhas figuras, apensas aos seus torsos ou encimadas às suas cabeças, surgem as idées fixes automatizadas nos princípios estetizantes das bolas, das linhas, dos resquícios geométricos que aparecem como vestígios obsessivos ou obsidionais de uma prática hipertrofiada em acúmulos de presenças.
LER MAIS RODRIGO MAGALHÃES

JOANA VILLAVERDE

MY PLEASURE


Galerias Municipais - Pavilhão Branco, Lisboa
Em My Pleasure, a artista combina as cores através da experiência estética com a sensação, cria a “paisagemâ€, que deixa de o ser, e o ser transmuta-se pela sensação. A cor revela-se de certo modo fenomenológica, por expandir o movimento do corpo no espaço, quase como uma passagem etérea que se solta e se desenrola do ínfimo ao infinito.
LER MAIS JOANA CONSIGLIERI

OLGA DE AMARAL

OLGA DE AMARAL


Fondation Cartier pour l’art contemporain, Paris
É notória a dimensão espiritual que atravessa todo o trabalho de Amaral. Olga sente uma grande afinidade com a cultura, as crenças e a manufatura das civilizações pré-colombianas e das tribos que ainda hoje prevalecem. Profundamente interligado com a habilidade manual na sua capacidade de experimentação e invenção, Olga deseja atingir um estado de puro silêncio e concentração em perfeito equilíbrio com a manufactura, num tipo de inteligência que - antes de ser artificial - é ancestral.
LER MAIS CLÃUDIA HANDEM

NAN GOLDIN

INTIMIDADES EM FUGA. EM TORNO DE NAN GOLDIN


MAC/CCB - Museu de Arte Contemporânea, Lisboa
A mostra, que inclui 66 obras de 36 artistas, transporta o público para um percurso em que “é convidado a interpretar a intimidade como uma experiência compartilhada e em fluxoâ€. Neste artigo iremos focar-nos, essencialmente, nas 126 fotografias de Nan Goldin, agora em exibição, e que fazem parte da série de 700 imagens intitulada “The Ballad of Sexual Dependencyâ€.
LER MAIS PAULO ROBERTO

ERWIN WURM

ERWIN WURM. A 70TH-BIRTHDAY RETROSPECTIVE


Albertina Modern, Viena
É transversal à obra de Wurm a problematização da atualidade e do que constitui o contemporâneo. Entre o capitalismo, a moda, a educação, ou o self, o artista convoca e discute os mais diversos domínios da contemporaneidade. Testemunha-se, então, que a escultura serve a Wurm enquanto ferramenta de questionamento e medida de avaliação do presente.
LER MAIS CONSTANÇA BABO