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ENTREVISTA



JENS RISCH


Passadas duas semanas sobre a última lua cheia azul — que afinal não era azul nem mesmo super lua, mas que nos fez parar para olhar o céu — e depois desta entrevista a Jens Risch, já só consigo pensar num outro fenómeno lunar porvir. Desta feita, uma lua cheia super pequena, há muito em execução, bem antes até de o artista ter nascido, em 1973, em Rudolstadt. O leitor perceberá se escolher ficar connosco até ao fim…ou, até se se sintonizar com O Eterno...
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O ESTADO DA ARTE



DENISE POLLINI


VOYEURISMO MUSEOLÓGICO: UMA VISITA AO DEPOT NO MUSEU BOIJMANS VAN BEUNINGEN, EM ROTERDÃO
Um edifício de seis andares planejado pelo escritório de arquitetura holandês MVRDV, e totalmente dedicado a expor o acervo do Museu Boijmans Van Beuningen: o chamado “Depot”, foi inteiramente construído em metal e vidro e permite aos visitantes entrar em contato com as obras de arte da coleção de diversas maneiras: através de “vitrines” que expõem as estruturas tradicionais de reservas técnicas de museus para abrigar obras de arte mas não só, também em painéis de vidro com pinturas suspensas ou ainda “pontes de vidro” que cruzam o espaço e nos permitem “passear sobre a obra”.
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PERSPETIVA ATUAL

INÊS FERREIRA-NORMAN


DAR O CORPO AO TRABALHO: MATÉRIA, SEGREGAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO, A HISTÓRIA DO OUTRO
O corpo é desde as pinturas rupestres uma das temáticas mais prevalentes na história da arte. E assim o vai continuar a ser. Somos corpo, vivemos nele, ele possibilita, facilita, impede e dificulta. Ele vive, regista, expõe e fala. Somos esculturas de matéria andante e a natureza mimética da arte puxa-nos a trabalhar este blob de matéria, da forma como a nossa identidade, personalidade e biologia comanda. O nosso corpo não é alheio a discussões menos físicas, com implicações psicológicas, emocionais, sociopolíticas e espirituais da nossa vivência. Em agosto de 2023, em Lisboa, puderam-se visitar (pelo menos) três exposições sobre o corpo. Enquanto artista, editora e escrevente que enfrenta problemas de saúde, pratica performance e escultura, e acabou de visitar um festival de dança, música e corpo, foi claro para mim o chamamento a visitá-las.
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OPINIÃO

MARC LENOT


EXISTE UM SURREALISMO FEMININO?
“A maioria das mulheres e das amantes dos surrealistas permanece desconhecida para nós. Quem já ouviu falar de Jacqueline Brauner ou Simone Breton?” escreve Xaviere Gauthier no seu excelente livro Surréalisme et Sexualité (Gallimard, 1971). Uma exposição no inesperado Museu de Montmartre (até 10 de setembro) tentará realmente provar o contrário? Tem, contudo, a extrema prudência de adornar o seu título de um ponto de interrogação: Surrealismo no feminino?
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ARQUITETURA E DESIGN

ANA PAISANO E FREDERICO VICENTE


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES
Entre Castro Marim, no sotavento algarvio e Moledo na costa do Minho, Portugal detém um notável conjunto de sistemas de fortificações. A linha de costa, ora abrupta, ora recortada, seja pelo acentuado finisterra, seja pelas praias de desembarque, em muito contribuiu para a constante necessidade de atualização da Arquitetura Militar – muito causado pela natural atração das povoações pelo Atlântico. Uma das expressões máximas dessa campanha de obras é o estuário do Tejo e a sua área de influência. As barras dos rios Sado e Tejo foram durante séculos por excelência o palco para acontecimentos e encenações bélicas.
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ARTES PERFORMATIVAS

LIZ VAHIA


FESTIVAL MATERIAIS DIVERSOS - ENTREVISTA A ELISABETE PAIVA
A 12ª edição do Festival Materiais Diversos decorre entre 5 e 15 de outubro nas vilas de Minde e de Alcanena. O cenário natural das vizinhas Serras de Aire e Candeeiros contribui também para o mote conceptual do festival, que tem investido nos últimos anos “em processos de desaceleração que nos permitam compreender o tempo longo das pedras e acompanhar o movimento das águas, na expectativa de trazer à superfície uma comunidade de afetos que se forma lentamente e sustenta em práticas de companheirismo e colaboração.” O Festival Materiais Diversos tem a direcção artística de Elisabete Paiva, e foi com ela que a Artecapital falou a propósito do trabalho da associação e da programação desta 12ª edição.
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PREVIEW

19.ª edição Circular Festival de Artes Performativas | 22 a 30 Set, Vila do Conde


Um programa multidisciplinar, composto por diversas linguagens artísticas e autorias, entre a performance, a dança, a música e o teatro, que abre canais de discussão e de pensamento, promovendo ligações, partilhas e cruzamentos entre artistas e públicos.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

MARTÍN LA ROCHE

YO TAMBIÉN ME ACUERDO (I DO REMEMBER)


Miriam Gallery, Nova Iorque

“Yo también me acuerdo (I do Remember)” é uma exposição cuja obra principal é uma instalação interactiva com referência à terapêutica “Sandplay”. Esta terapia tem como reminiscência as práticas contemplativas de influência budista e utiliza a área de uma caixa de areia para instigar o acesso a eventos traumáticos presentes no subconsciente. Esta instalação consiste na presença de uma caixa de areia no centro da galeria, semelhante às que marcam presença em parques infantis, e que pode ser utilizada pelos visitantes, com recurso a uma panóplia de objectos recolhidos e encontrados, instalados em várias prateleiras na parede adjacente.
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RUY LEITÃO

RUY LEITÃO, COM ALEGRIA


CAMB – Centro de Arte Manuel de Brito (Lisboa), Lisboa
A alegria destes desenhos e pinturas afastam-nos de cenários sombrios, dos equívocos que ficaram por desvendar, e transportam-nos para a energia da vida em movimento; as cores, os motivos e o movimento de transição entre momentos, recortes, paisagens. As paisagens recortadas como uma manta de retalhos de um percurso, em que a dado momento as visões são congeladas. E, mesmo congelando, ainda vibram.
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LUÍSA FERREIRA E ANTÓNIO FARIA

OUTRO JARDIM INTERIOR


Galeria de Santa Maria Maior, Lisboa
Luísa Ferreira e António Faria mostram-nos que artes visuais de diferentes naturezas, técnicas e estilos podem percorrer as mesmas águas e estabelecer um diálogo harmonioso que esvazia o olhar do espectador da banalidade de tantas outras narrativas visuais observadas.
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CRISTINA ATAÍDE

A TERRA AINDA É REDONDA?


MNAC - Museu do Chiado , Lisboa
Refletimos sobre a existência do ser, do corpo, da coisa, e, por sua vez, a ausência de Gaia, o silêncio da Terra e do Universo. Uma impossibilidade de querer abarcar o invisível, que se anuncia como um vislumbre no discurso estético. Um devaneio entre caminhos. Uma impressão em vermelho. Entre desenhos/pinturas, esculturas, objetos-naturais, instalações e vídeos, Cristina Ataíde delineia trilhos pela natureza, respeita ritmos, movimentos e energias.
LER MAIS JOANA CONSIGLIERI

DANIEL BLAUFUKS

AND ALL WILL BE REPEATED


Appleton Square , Lisboa
Quando entrei na sala da Appleton Square onde está projectado o último filme de Daniel Blaufuks, And all will be repeated, estava-se a meio do filme, e a primeira sequência que vi, é o momento em que as suas mãos colocam o toco de uma vela acesa sobre o parapeito. Reconhecendo imediatamente a cena, duas emoções se misturam: a alegria de saber a provação superada, o mundo salvo, e a angústia do destino trágico, do sacrifício, preço a pagar pela salvação.
LER MAIS MARC LENOT

COLECTIVA

BEFORE TOMORROW – ASTRUP FEARNLEY MUSEET 30 YEARS


Astrup Fearnley Museum of Modern Art, Oslo
A exposição Before Tomorrow assinala o trigésimo aniversário da coleção do Astrup Fearnley Museet. Fundado em 1993, é reconhecido enquanto o maior museu de arte contemporânea de Oslo e um dos mais prestigiados da Escandinávia. Na presente mostra, um conjunto admirável de obras preenche os dois edifícios da instituição, os quais, por sua vez, em frente um ao outro como dois veleiros invertidos, constituem belos exemplares da arquitetura contemporânea nórdica.
LER MAIS CONSTANÇA BABO

JAMES NEWITT

HAVEN


Galeria Boavista, Lisboa
Uma pequena plataforma abandonada ao largo da costa britânica, construída pelo governo com funções militares de defesa anti-aérea no tempo da II Grande Guerra e, na altura, situada em águas internacionais, é ocupada por um casal na década de sessenta que reivindica a sua independência do Reino Unido denominando-a de Principado de Sealand. Estes são factos reais e o ponto de partida da investigação de James Newitt.
LER MAIS JOSÉ OLIVEIRA