Links

ARQUITETURA E DESIGN




Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Fundação de Serralves, Museu de Arte Contemporânea, Ala Álvaro Siza, Porto. © Filipe Braga


Le Vide, Yves Klein, Galerie Iris Clert, 1958.


Le Vide, Yves Klein, Galerie Iris Clert, 1958.

Outros artigos:

2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-12-09


ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA

FREDERICO VICENTE


 

 

 

a) construir no vazio;

 

“Há um vazio que é a pior coisa que há para enfrentar um projeto, esse vazio realmente não existiu, havia aí um sítio que estava mesmo a pedir, encaixem aqui, prendam aqui a galeria.” [1]

 

No lugar de uma janela, nasceu uma porta. Uma porta que não tem soleira, mas tem a espessura de uma passagem.

Inaugurou-se em outubro (2023) a nova Ala Álvaro Siza, aquela que é a extensão do Museu de Arte Contemporânea de Serralves para poente [2]. Cumpre-se agora a abertura oficial com as primeiras duas exposições: Anagramas Improváveis. Obras da Coleção de Serralves e C.A.S.A: Coleção Álvaro Siza.

Confunde-se o nome do arquiteto com o nome do edifício [3], uma “homenagem”, um “agradecimento”, um “reconhecimento", talvez um somatório de todos estes nomes (quase homónimos); muito embora a história de Serralves não pudesse ser contada sem a justa referência a Siza. O namoro entre ambos é duradouro – um banco conversadeira no jardim – e Serralves, como museu, instituição e morada, é adoçada com a arquitetura firme, de traço tremido, de que é indissociável a mão do arquiteto.

Siza projetou Serralves em 1999 (acredito que também em sentido figurado), vinte anos depois voltou à paisagem do parque para desenhar a Casa do Cinema Manoel de Oliveira (2019) depois, a Casa dos Jardineiros (2021) e por fim a recuperação da Casa de Serralves para receber a quase alienada Coleção Miró (também em 2021). O novo edifício é, eventualmente, o epílogo da longa boda. Com três novos pisos construídos, entre áreas de exposição divididas por dois deles, a que se acrescenta um terceiro para acervo [4]; Serralves tem a ambição de se posicionar como um centro de arte contemporânea internacional - uma casa para uma coleção permanente, onde cabem arquitetos e arquitetura, e sobretudo para ser depósito e repositório [5]. Mas falemos de arquitetura.

A nova ala é um braço que serpenteia pelos troncos das árvores e se deixa implantar à “sombra das copas que já lá existiam”. A transição entre os volumes é uma simples ponte de ligação, cuja perceção apenas a alcançaremos mais tarde, quando caminhando pelo parque. Chegados do museu-mãe, somos recebidos num segundo átrio, acrescentaria um vestíbulo de entrada. A estereotomia do pavimento, em madeira, denuncia uma torção no edifício, estamos agora mais a poente e fixamos dois triângulos justapostos. Um primeiro triângulo que quer ser símbolo de passagem entre volumes. Um segundo, também isósceles e pontiagudo, mas invertido, reforça a ligação e expande-a para o jardim. Os “espacialistas” (e muitos dos que se veem pela galeria são arquitetos ou curiosos ou equivocados) vão procurar aquela triangulação em planta, logo se percebe que o desenho resulta de uma inflexão no alçado, uma rótula que torce e quebra o ângulo de 90°.

Bem sabemos que o triângulo pode ter inúmeras conotações – e acredito que a sobreposição de dois triângulos pode fazer viajar a mente. Desde a comum analogia ao fogo, à trindade corpo, mente e espírito; ou ao ciclo passado, presente e futuro. No entanto, a definição que nos interessa remete à física das construções, onde se insere a arquitetura.

O triângulo é uma forma estável, associa-se com a definição de solidez e está em equilíbrio, transmitindo harmonia. São necessários pelo menos três apoios para manter uma mesa estável, pelo mesmo princípio também um edifício se pode apenas fundear com três pilares. Este é um pensamento que interessa a Siza, o “não-esforço da estrutura”. Estar num espaço onde não tenhamos a perceção das suas tensões e ancoragens, onde o material que faz a estrutura é “também a substância de que é feito o edifício”. Resultam espaços e arquiteturas leves, mas indeléveis, de pés e mãos no chão, embora sutis na sua simplicidade formal, como de certo toda a animália de quatro patas, que povoa os esquiços do arquiteto. É Eduardo Souto Moura que a determinado momento apelida a arquitetura de Siza como a “leoa da selva”, por outras palavras é uma arquitetura confortável com a sua implantação, por muito que esta se contorça no lugar.

Retomando à galeria – e após o impacto visual do átrio e/ou captada a imagem Instagram – os espaços sucedem-se livremente num jogo de cantos. As salas são “bem-comportadas”, compartimentos de larguras e comprimentos modestos que se intersectam pelos cantos; e paredes vazias. Paredes verdadeiramente dimensionadas e flexíveis para receber exposições, retomando o princípio básico de uma galeria e respondendo a um programa, uma coleção e ao cliente – “espaços conformados para que não seja preciso paredes para cada exposição” [6] - uma lógica que a arquitetura pós-moderna tem feito por esquecer. O desenho de tetos, em particular as sancas de luz, retomam o trabalho quase barroco do arquiteto no edifício-mãe (as célebres mesas de luz invertidas), reforçando o entusiasmo entre as interseções e as esquinas.

Entre paredes, que distam pouco mais que uma largura de ombros, descemos de uma sala-varandim que olha a natureza do parque lá fora. Cerca de doze metros separam as cotas dos dois pisos, cuja ligação entre ambos é uma escada com dois lances. Há aqui uma janela que detém, e segue a tradição-relação Curzio Malaparte / Adalberto Libera, que Godard gostaria de ter filmado [7]. É também familiar a Siza esta interpretação interior/exterior, como quadro, não janela, sobretudo em implantações semelhantes, como a recém-inaugurada Fundação Gramaxo na Maia ou a simples Oficina de Artes Manuel Cargaleiro, no Seixal. Já no piso inferior, a cadência é diferente. As áreas são desafogadas e contemporâneas, acelerando os passos e as diagonais, mas sobretudo enfatizando o espaço amplo: vazio.

 

 

Desconstruir o vazio;

 

Do que falamos, quando falamos de vazio? E porque nos inquieta ou atormenta? O fascínio que o “vazio” suscita, enquanto conceito, pode certamente estar associado à dificuldade em atribuir-lhe uma forma. É uma não presença. Uma ausência de conteúdo e quase sempre está circunscrito pelo que é “cheio”. Portanto, há uma forte correlação entre “cheio” e “vazio”: como um abraço complementar entre contentor e conteúdo. Também é essa a funcionalidade da arquitetura, ser contentor para conteúdos. Num primeiro momento, o levantamento topográfico marca as extremas (nesta nova ala sabemos que foram os troncos e as árvores que afastaram o edifício pelos menos três metros da sua influência), desenha-se a circunferência entre o que está dentro e o que está fora, erguem-se as paredes, suspendem-se as lajes e todos os elementos de construção civil assentam, encerra-se uma área, formando espaço. Espaço por ocupar, por viver: vazio. A arquitetura abraça o vazio, como uma caixa aberta de possibilidades, simplicidade e flexibilidade. São tudo correspondências com o desenho de Álvaro Siza, a que se poderia acrescentar as palavras tradição e barroco (no sentido da emoção e espanto). Percorrer de momento as salas vazias deste novo edifício de Serralves é em muito semelhante a um Leap into the void (1960) [8] de Yves Klein, mas, ao invés de saltarmos de fachada para a rua, saltamos para o jardim.

 

Leap into the Void, Yves Klein, 1960.

 

Contextualizando a nossa referência, foi na Galerie Iris Clert (Paris, 1958) que Yves Klein inaugurou a exposição seminal La spécialisation de la sensibilité à l’état matière première en sensibilité picturale stabilisée ou simplesmente Le Vide (A especialização da sensibilidade no estado primário na estabilização da sensibilidade pictórica), dando início à eventual obsessão pelo tema. Em jeito de puro manifesto, o artista propunha uma galeria vazia. A materialidade de qualquer peça foi substituída pela imaterialidade das salas. Confundiu e remisturou a ideia de contentor e de conteúdo, o que obrigou ao confronto entre os visitantes e o espaço monocromático, o espaço e somente o espaço no seu estado mais simples e depurado. Klein embalou os visitantes numa dança performativa de experiência da “planta livre” (não a mesma “planta livre” popular entre os arquitetos modernos). Um vazio que não é esvaziado de matéria e nada deve ao preenchido, porque também é palpável e, se assim o quisermos, primário. Também Friedrich Nietzsche se deteve no pensamento sobre a tábua rasa” [9], anulando e negando a pesada herança das convenções e tradições, sobretudo aquelas relacionadas com a moralidade e a religião. Ao desafiar tais estruturas, o filósofo convidou a uma conexão com o “vazio-positivo”. Tal como Klein, Nietzsche via na “morte anunciada de Deus”, entenda-se, no “vazio-positivo” (com carga positiva), uma espécie de oportunidade e estímulo criativo para trabalhar uma matéria-prima do avesso. Portanto, para Nietzsche, o vazio que resulta da crítica às convenções e rompimento com antigos ídolos e ícones, não é negativo, pelo contrário é uma janela, o mesmo Leap into the Void de Yves Klein, mas para uma afirmação vigorosa da existência. No livro de honra da exposição, Albert Camus, talvez a pensar em Nietzsche escreveu: “Avec le vide les pleins pouvoirs” (Com o vazio, plenos poderes).

Em jeito de epílogo, esta mesma reflexão sobre o sentido de tábua rasa foi também tema na exposição debut da Galeria de Arquitectura, Tábula Rasa (Porto, 2016). Num rés-do-chão da Rua do Rosário no Porto, numa loja de paredes e teto branco lia-se: “Is this an architectural exihibition?” (isto é uma exposição de arquitetura?). A inscrição em branco brilho, sobre o branco mate das paredes, ecoava no oco da galeria. E de repente essa mesma imagem ressoou e preencheu toda a visita à também ala poente vazia de Álvaro Siza: expectante por uma continuidade narrativa, expectante por uma exposição, expectante por uma instalação; e assim nos perguntamos também (sem um livro de visita onde escrever): isto é uma exposição de arquitetura? Atrevo-mo a responder, não, é talvez a forma da arquitetura; talvez seja apenas como deve ser um museu de arte contemporânea, um contentor para conteúdos.

 

 

Frederico Vicente
É arquiteto (FA-UL), investigador e curador independente (pós-graduado na FCSH-UNL). Em 2018 funda o coletivo de curadoria Sul e Sueste, plataforma charneira entre arte e arquitetura; território e paisagem. Enquanto curador tem colaborado regularmente com o INSTITUTO, no Porto, de onde se destacam exposições como "How to find the centre of a circle" de Emma Hornsby e "Handmade" de Ana Paisano. Foi ainda curador das exposições "Espaço, Tempo, Matéria", Convento da Verderena, Barreiro; "Fleeting Carpets and Other Symbiotic Objects" de Tiago Rocha Costa, AMAC, Barreiro entre outras. Escreve regularmente críticas e ensaios para revistas, edições acadêmicas, livros e exposições. A atividade profissional orbita sobretudo em torno das ramificações da arquitetura.

 


:::

 

 

Notas


[1] Álvaro Siza Vieira em entrevista à Antena 1, durante uma visita acompanhada à comunicação social - emissão de 19 outubro 2023, 19:22, Antena 1.
[2] A nova galeria foi inaugurada pelo arquiteto a 17 de outubro de 2023, muito anterior à data de publicação deste texto. No entanto, cumpre-se a 24 de fevereiro de 2024 a apresentação da C.A.S.A. (Coleção Álvaro Siza, arquivo), com as duas primeiras exposições na nova Ala Álvaro Siza.
[3] Álvaro Siza Vieira quando questionado por uma jornalista (durante a mesma visita acompanhada - nota 1) sobre a atribuição do seu nome à galeria, responde com humor: “A minha primeira reação foi isso não, eu quando escrevo, escrevo sempre Ala Poente, mas como eu estou também no poente.”
[4] Lê-se na brochura que acompanha a visita e também no texto de parede à entrada da nova ala que a mesma veio “acrescentar 44% de área expositiva e 75% da área de reservas”, correspondendo, portanto, a cerca de mais 4200 m2 de área bruta de construção.
[5] Em 2015 Álvaro Siza doou à Fundação de Serralves uma parte do seu arquivo, tal como à Fundação Calouste Gulbenkian e ao Centro Canadiano de Arquitetura situado em Montreal. Curiosamente em 2007 foi fundada a Casa da Arquitetura – Centro português de Arquitetura, com o objetivo de tratar e divulgar a arquitetura em território nacional. A Casa da Arquitetura ocupou uma casa que pertenceu à família de Álvaro Siza no número 582 da Rua Roberto Ivens, até novembro de 2017, quando mudou de instalações para a Real Vinícola, também em Matosinhos. Aquando da formação do projeto, existiu a promessa de construção de um edifício projetado por Siza, que não avançou por escassez de financiamento.
[6] Álvaro Siza Vieira em entrevista à Antena 1.
[7] “A paisagem que se emoldura” é um recurso recorrente no léxico da arquitetura de Álvaro Siza: janelas que deixam entrar luz (na Igreja de Marco de Canaveses), ou as árvores (as de Serralves), o céu, as rochas e o horizonte-mar (na Casa de Chá da Boa Nova), mas neste novo edifício, talvez pela pouca fenestração, seja evidenciado.
[8] Leap into the Void é o título de uma fotografia de Yves Klein. Retrata um salto do artista de uma fachada de um edifício para o vazio. A fotografia foi produzida com recurso a pós edição, removendo os assistentes que amparam a queda do artista, e criando no observador a confusão entre realidade e ficção. Klein procurava explorar os conceitos de transcendência, uma vez mais de vazio e do corpo como ato performativo.
[9] Em Le Gai Savoir publicado em 1882, o filósofo descreve o “vazio”, aquele que resulta, após a purga total das convenções e moral religiosa da sociedade ocidental como espaço para a liberdade de pensamento e criatividade.