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ARQUITETURA E DESIGN




OHL21 Cova do Vapor | Imagem: Renata Macedo de Sousa


OHL21 Cova do Vapor | Imagem: Renata Macedo de Sousa


OHL21 Cova do Vapor | Imagem: Renata Macedo de Sousa


OHL21 Casa Azul | Imagem: Hugo David


OHL21 Parque Eduardo VII | Imagem: Hugo David

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'OS CAMINHOS DA ÁGUA'

MADALENA FOLGADO E CATARINA RAPOSO (COLETIVO DE ARQUITETOS PAISAGISTAS BALDIOS)


 

 

 

Ao dar-me conta do tema da edição da Open House Lisboa 2021 (OHL), no âmbito da Trienal de Arquitetura de Lisboa, que é, sob proposta do coletivo de arquitetos paisagistas Baldios, Os Caminhos da Água, ocorreu-me de imediato estar diante de um caso em que o advento da Pandemia, ao suspender a programação em 2020, permitiu o seu reposicionamento mais preciso na linha do tempo; o mesmo que dizer, em tempo cronológico. Refiro-me à oportunidade de um encontro mais significativo com a vida; i.e., em que o curso coletivo de vida – a par do curriculum vitae do coletivo Baldios –, no cruzamento com a hipótese de um tempo kairológico, possa dar a ver a água enquanto (per)curso de vida: Caminho coletivamente partilhado, a partir do qual se (re)conhecem diferentes temporalidades interagindo em consonância; da travessia fluvial à geológica. Nesta última, como propõem, a água é o decisivo elemento operativo, o agente que desenha o(s) caminho(s).

 

Por Madalena Folgado

 

 

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MF: Penso a originária aceção de jardim enquanto espaço seguro, todavia fechado, após os dois longos períodos de confinamento, e por conseguinte, teletrabalho e afastamento social. Muitos de nós indagámos o sentido e os limites do que poderiam ser os tão recomendados passeios higiénicos. Depois da vossa experiência na OHL, e do que percecionaram em geral, estaremos em 2021 mais disponíveis para experienciar a paisagem de modo a permitir que os nossos caminhos sejam melhor informados pelos sentidos, enquanto possibilidade de transpor limites físicos e de ampliar o imaginário coletivo, em particular o sentido háptico, mitigado devido à necessidade de afastamento social?

CR: Sim. Quisemos devolver uma leitura de ambas as cidades – Lisboa e Almada – que este ano foram pela primeira vez mostradas em conjunto, a partir da sua condição matricial, interpretando-as como formas de Paisagem. Assim o nosso olhar deslocou-se para o rio como espaço comum destas cidades, que esteve na génese de ambas e que encerra um potencial transformador que sistematicamente é revisitado.

A experiência do OHL revelou uma adesão surpreendente aos percursos que pressupunham revelar as cidades através de antigas linhas de água que progressivamente desapareceram da superficie para dar origem aos percursos que quotidianamente fazemos. Percebemos que muito do publico que aderiu a este evento revelou um grande entusiasmo ao perceber as lógicas que estiveram na origem da cidade e que mostram uma ligação estreita com o Rio e os seus afluentes.  Mais do que a experiência a partir dos sentidos, que obviamente é um valor em si mesmo, a questão do conhecimento mais profundo das razões que levam a que uma cidade evolua num sentido, e que foi transmitido pelos vários especialistas convidados, é o que torna este evento mais enriquecedor. Neste registo, o passeio sonoro da Joana Braga tem uma componente sensorial muito forte, mas leva-nos a entender muito bem as problemáticas deste território, o vale de Chelas.

 

MF: No vosso website encontrei por sinónimo de baldio, de acordo com a designação urbanística, expectante. Por familiaridade entre palavras, ocorre-me uma outra palavra, expectador; e, pela homofonia, espectador. A propósito de Paisagem-evento, Jean-Marc Besse fala-nos da possibilidade de abertura a partir do presente; do presente como limiar do futuro pela presença, e por inerência, a convocação dos sentidos. Diz-nos que toda [a] paisagem apresenta uma espécie de velocidade própria, que corresponde à forma do encontro entre o que chega e a sensibilidade que para ali se transporta.

 

Creio que o atravessamento do Tejo, nas suas diferentes velocidades e/ou temporalidades, até à Margem Sul, em particular à cidade de Almada – a grande novidade da edição da OH deste ano – é muito feliz. Diria mesmo abarcante, na medida em que faz coincidir expectadores, espectadores e o inesperado deste momento coletivo. As Margens apenas se podem (re)conhecer pelo que as une: O Tejo, enquanto lugar de espetáculo e espectativas, nas suas partidas e chegadas. Poderiam comentar estas ‘ocorrências’, do ponto de vista do vosso saber enquanto arquitetos paisagistas, no tocante ao reconhecimento da unidade geográfica/paisagística do Estuário do Tejo? 

CR: Interessou-nos desmontar a ideia do Tejo como barreira, promovendo uma leitura do Rio enquanto espaço que une as duas cidades, fazendo parte do seu metabolismo quotidiano de atravessamento e cuja história se confunde com a biografia de ambas as cidades. Ao mesmo tempo, a singularidade do estuário do Tejo, enquanto protagonista da História global, remete para a ideia da água enquanto elemento universal. Neste sentido o convite que fizemos à Matilde Meireles e à Christabel Stirling resultou numa peça que exprime essas ideias muito bem.Também o exercicio cartográfico que fizemos em unir o mais possivel as duas margens resultou num mapa que baralha as nossa conceções da real distância fisica e psicológica que o rio opera. Quando escolhemos os espaços encontrámos sempre lugares 'gémeos' num lado e no outro do Rio. Tanto Almada como Lisboa contam muito bem as histórias da evolução das cidades em volta do estuário do Tejo, desde os padrões de povoamento da Idade do Ferro, às problemáticas da cidade contemporânea. 

 

MF: Ainda nas palavras: Resiliência. Um dos lugares mapeados na Margem Sul do Tejo, no âmbito da OH, foi a Cova do Vapor, que devido aos sucessivos avanços do mar, soube ao longo de décadas se reconstruir e reinventar. O que é que vos ocorre dizer sobre as lições de resiliência deste lugar, que assinala o derradeiro encontro do Tejo com o mar?

CR: A Cova do Vapor interessou-nos pela forma como resiste a vários tipos de intempéries, não só ao avanço do mar, mas também à 'normalização'  do espaço público e da arquitectura. Não é apenas o lado pitoresco do conjunto, é a ideia mais elementar do que é uma habitação e arquitectura digna, e como uma comunidade de individuos com os seus próprios sonhos e ambições, se agrega e consegue gerar espaço público e uma identidade. No entanto, as alterações que se avizinham põem claramente em risco este equillibrio, e há que pensar e agir atempadamente, não só na Cova do Vapor mas em toda a frente estuarina.

 

MF: Uma vez finda a edição da OHL de 2021, que balanço fazem da iniciativa, do ponto de vista da ampliação de uma consciência ecológica; que novos ou clarificados nexos enquanto possibilidades de ação emergiram do e/ou no seu acontecer?

CR: O convite para comissariar a OHL surgiu no âmbito da chancela atribuida a Lisboa enquanto Capital Verde da Europa 2020. Coincidiu ainda com a morte do Arquitecto Paisagista Gonçalo Ribeiro Telles, que foi um pioneiro no seu exercicio de cidadania e na tomada de consciência das questões da ecologia, no exercicio de fazer e pensar a cidade. Trazer ao espaço público de discussão a questão da Água, enquanto recurso vital e mostrar a arquitetura como reação a um sistema natural, pode contribuir também para deixar uma reflexão sobre o futuro. Neste futuro que é próximo teremos que ser capazes de imaginar sistemas que respondam aos desafios que se colocam como a subida do nível médio das águas do mar, ou as consequências de fenómenos metereológicos extremos, como as cheias ou a escassez da água.

 

MF: A água, como no dizer popular, encontra – mesmo – sempre o seu caminho? 

CR: Sim, independemente de haver ou não uma cidade, e é isso que nos deveremos lembrar.

 

 

 

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Madalena Folgado
É mestre em arquitetura pela Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada de Lisboa e investigadora do Centro de Investigação em Território, Arquitetura e Design; e do Laboratório de Investigação em Design e Artes.