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Miguel Bonneville
Artista
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Qual a ultima boa exposição que viu?
“O Fotógrafo Acidental: Serialismo e Experimentação em Portugal, 1968-1980” na Culturgest.
Que livro está a ler?
“Morte na Pérsia” da Annemarie Schwarzenbach, “A Realidade do Artista” do Mark Rothko, “Sadomasochism – Powerful Pleasures” V.A. com edição de Peggy J. Kleinplatz e Charles Moser, e a reler “O Rapaz Raro” do Rimbaud.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Swayzak – No Sad Goodbyes.
Um filme que gostaria de rever…
Belle de Jour, sempre.
O que deve mudar?
O(s) sistema(s).
O que deve ficar na mesma?
Nada deve (ou pode) ficar na mesma. Acredito que se deva(m) manter a(s) resistência(s) ao(s) sistema(s), embora isso não seja ficar na mesma. Como diria a minha grande amiga Magda: continuar a juntar grãos de areia entre as peças de forma a ir estragando a máquina. Quando o mundo é um lugar hostil, a ternura é um acto politico.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
Um dos últimos auto-retratos do Van Gogh – Setembro, 1889. Óleo sobre tela, 65 × 54 cm.
Qual a próxima viagem a fazer?
Brasil – Santos e Rio de Janeiro.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Hacking. Poderia ser um mecenas, talvez - um patrono das artes. Ou um monge agnóstico.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Caminhar pela cidade, a conversar, sem um rumo definido.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
A Simone de Beauvoir, a Companhia de Teatro Cão Solteiro (Mariana e Paula Sá Nogueira), e a Sonja.
Quais os seus projetos para o futuro?
Num futuro próximo: apresentar A Importância de Ser Simone de Beauvoir na Mostra Performatus #2, em Santos, e comemorar o 10º aniversário de BlackSugu com a Susana Guardado, em duas festas, no Rio de Janeiro. Apresentar uma parte do processo de criação da palestra-performance Religião e Moral, em colaboração com a Maria Gil, estrear uma nova performance duracional no Festival Silêncio, dar continuidade à colaboração na criação de figurinos no projecto DRLNG de Bruno Cadinha e Odete C. Ferreira, e estrear a segunda parte de A Importância de Ser Paul B Preciado – em Lisboa.
Para além de projectar desaparecer, desacelerar e ter (mais/outro) tempo.
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Fotografia do artista da autoria de Joana Linda.