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Auto-retrato, 2012, óleo s/tela, 31x39 cm.
Rui Macedo
Artista
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Qual a última boa exposição que viu?
Vou abusar e referir duas:
- Nobody Nowhere de Gabriel Abrantes na Galeria Francisco Fino, Marvila, em Lisboa.
- Lume Brando de José Baptista Marques na Galeria Liminare, Junta de Freguesia do Lumiar, em Lisboa.
Ambas ainda podem ser vistas!
Gabriel Abrantes, vista da exposição Nobody Nowhere, 2022. © Galeria Francisco Fino
José Batista Marques, Chegar ao fim, 2021.104 x 81 x 36 cm, Graphite on modeling clay. © José Batista Marques
Que livro está a ler?
Vou referir um em que pego e largo regularmente e que leio sem seguir a ordem da paginação:
- The Daily Practice of Painting: Writings 1962-1993 de Gerhard Richter, organizado por Hans-Ulrich Obrist.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Várias de Tom Misch & Yussef Dayes.
Um filme que gostaria de rever…
Um que no dia-a-dia estamos sempre a rever:
- Playtime de Jacques Tati.
O que deve mudar?
Nas artes, a hipocrisia e o preconceito do politicamente correcto.
O que deve ficar na mesma?
A liberdade que o artista tem para fazer o que considera ser pertinente a cada momento sem olhar a agendas que resultam da espuma dos dias.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
A pintura intitulada Agnus Dei pintada por Josefa d´Óbidos e exposta no Museu de Évora.
Josefa de Óbidos, Agnus Dei, 1660 a 1670. Óleo sobre tela, 88×116. Museu de Évora
Qual a próxima viagem a fazer?
Fazer o circuito Transnevada de bicicleta.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
É uma pulsão, é difícil imaginar-me a fazer outra coisa que não esteja relacionada com a criação artística, em particular com os desafios da Pintura na contemporaneidade.
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
Apenas por um dia, seria um programa a pé e perto de casa, na Baixa e no Chiado, o lugar que melhor conheço em Lisboa e que ainda mantém – veremos até quando – lugares que resistem à voragem turística.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Convidaria Clement Greenberg, Michael Fried, Carlos Vidal e Delfim Sardo para uma refeição frugal enquanto se fala de Pintura, Política e História da Arte.
Quais os seus projetos para o futuro?
Para o futuro a curto prazo, quero terminar os trabalhos em curso no atelier que se destinam à próxima exposição individual, que inaugurará este ano, na Fundação Eugénio de Almeida, em Évora, com curadoria de José Alberto Ferreira.