Links

Subscreva agora a ARTECAPITAL - NEWSLETTER quinzenal para saber as últimas exposições, entrevistas e notícias de arte contemporânea.



ARTECAPITAL RECOMENDA


Outras recomendações:

Nosso Barco Tambor Terra


Ernesto Neto
MAAT, Lisboa

you float in my mind


José Lourenço
Galeria Fonseca Macedo, Ponta Delgada

U made U


Pedro Tudela
Kubikgallery, Porto

Três Moscas


André Maranha, Francisco Tropa, Jorge Queiroz, Pedro Morais
MAAT, Lisboa

Pré/Pós ― Declinações visuais do 25 de Abril


COLECTIVA
Museu de Serralves - Museu de Arte Contemporânea, Porto

once in a hundred years


Sid Iandovka & Anya Tsyrlina com Leslie Thornton & Thomas Zummer
Lumiar Cité - Maumaus, Lisboa

Ventos de Liberdade. A Revolução de Abril pelo olhar de Ingeborg Lippmann e Peter Collis


Ingeborg Lippmann e Peter Collis
Museu do Oriente, Lisboa

Uma obra em seis partes


Luisa Cunha
Vários locais,

Boato


Henrique Ruivo
Tinta nos Nervos, Lisboa

Amor I Love You


COLECTIVA
Pavilhão 31, Lisboa

ARQUIVO:

O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


ANDRÉ GOMES

Idos de Março




GALERIA DIFERENÇA
Rua S. Filipe Nery, 42 C/V
1250-227 LISBOA

20 MAR - 17 ABR 2024


INAUGURAÇÃO: 20 de Março das 18h00 às 21h00 na Galeria Diferença, Lisboa


:::


A expressão Idos de Março designa o dia 15 do mês de Março do ano 44 a.C., dia em que Caio Júlio César, desprezando todos os avisos de que nesse dia se realizaria um atentado contra a sua vida, dirigiu-se para o Senado sendo brutalmente assassinado por um grupo de senadores próximos das suas relações, entre os quais se encontrava o seu filho adoptivo Brutus.

A escolha deste episódio da História de Roma como o objecto da exposição, é tudo menos acidental, pois que o mês de Março constitui uma marca trágica no percurso pessoal do autor.

Em Idos de Março, André Gomes entrelaça as vivências íntimas da sua história com esses impressionantes momentos da História, criando ainda personagens fictícias que correspondem a figuras reais: o velho sentado no parque falando com a estátua, a artista pintando a águia em sangue, representam respectivamente o adivinho Espurina que avisou César dos perigos que o esperavam no dia 15 de Março, e Calpúrnia, a mulher de César, cujos pesadelos nocturnos eram presságios da tragédia.

Estas personagens são as pedras basilares que estruturam poeticamente o edifício narrativo, bem como a ideia pitagórica da transmigração das almas e a reflexão sobre a essência do Ser do Homem e da sua fragilidade tal como a pensou Marco Aurélio.

O triunfo do destino cruel despertando o Homem dos seus devaneios de poder, riqueza e fama, é outro dos fios de Ariana que conduzem a leitura das sequências fotográficas, incorporando nas imagens o sentimento de uma anunciada ameaça individual (o pressentimento do perigo), bem como a previsibilidade de uma tragédia colectiva (a guerra civil).

As duas últimas fotografias do capítulo III,intitulado “Idos de Março”, representam o episódio narrado pelo historiador Suetónio, que refere, que nos céus de Roma brilhou durante sete dias, durante as festas de homenagem a César pelo seu sucessor, um cometa que todos creram ser alma de César, pois este havia sido divinizado após a sua morte.

Como que a condensar o espírito trágico e o assombramento mágico presente em toda a exposição, são de referir ainda as duas instalações de objectos inspiradas respectivamente em Buñuel e no poeta inglês Shelley sobre a morte.