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NOMEADOS DEZ NOVOS DIRETORES DA MUSEUS E MONUMENTOS DE PORTUGAL

2025-02-16




A Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E., anuncia a conclusão dos concursos públicos internacionais para a direção do Museu de Lamego, Museu Nacional de Arte Antiga, Museu Nacional de Arte Contemporânea, Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, Museu dos Biscainhos, Museu Abade de Baçal, Museu José Malhoa/Museu de Cerâmica/Museu Dr. Joaquim Manso, Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, Convento de Cristo e Panteão Nacional.

Na direção do Museu de Lamego mantém-se Alexandra Falcão. Licenciada em História da Arte e pós-graduada em Museologia e Educação, foi técnica superior do Museu de Lamego entre 2004 e 2018, ano em que assumiu a direção do Museu, assim como a coordenação da rede de Monumentos do Vale do Varosa (2018-2023). É assistente especialista convidada na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Lamego, do Instituto Politécnico de Viseu.

Maria de Jesus Monge é designada para a direção do Museu Nacional de Arte Antiga, em Lisboa. Licenciada em História e mestre em Museologia pela Universidade de Évora, tem desenvolvido trabalho nas áreas do colecionismo, história dos museus e casas- museu. Conservadora do Museu-Biblioteca da Casa de Bragança desde 1996, assumiu a direção a partir de 2000. Integrou o Conselho de Administração da Museus e Monumentos de Portugal, enquanto vogal, entre outubro de 2023 e maio de 2024, altura em que integrou a equipa do Museu Rainha D. Leonor, em Beja, e para cuja direção foi designada na sequência do concurso lançado em novembro. A nomeação para o MNAA implicará a repetição do procedimento concursal para o Museu de Beja, que acontecerá com a maior brevidade.

Filipa Oliveira assume a direção do Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado. É desde 2018 curadora e programadora de Artes Visuais da Câmara Municipal de Almada, tendo a seu cargo a direcção artística da Casa da Cerca, Galeria Municipal de Almada, Convento dos Capuchos e Solar dos Zagalos. Entre 2015 e 2017 foi diretora artística do Fórum Eugénio de Almeida, em Évora. Licenciada em Comunicação Social Cultural (UCP), tem um mestrado em História de arte contemporânea, pela Goldsmiths University.

Maria José Sousa é a nova diretora do Museu de Arqueologia D. Diogo de Sousa, em Braga. Licenciada em História com mestrado em Património e Turismo, integra a equipa do Museu desde 2021, onde desempenhava a função de curadora. Assumiu a direção interina dos Museus de Arqueologia D. Diogo de Sousa e dos Biscainhos no início de 2024. Anteriormente, desempenhou funções na Câmara Municipal de Barcelos, na área de História, Arqueologia e Museografia e coordenou o projeto museológico de criação de um centro interpretativo da Ourivesaria Tradicional do Norte de Portugal (Museu do Ouro de Travassos).

Fátima Pereira Rolim será a nova diretora do Museu dos Biscainhos, em Braga. Com licenciatura e mestrado em Arquitetura, é desde 2020 a diretora executiva da Fundação Bracara Augusta. Entre 2013 e 2021 desempenhou funções na Câmara Municipal de Braga, nos departamentos de Regeneração Urbana, Património, Planeamento, Ordenamento e Urbanismo. É desde 2022 professora assistente convidada na Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais, da Universidade Católica Portuguesa.

A direção do Museu Abade de Baçal, em Bragança, continua a ser assegurada por Jorge da Costa, que está à frente do equipamento desde 2022. Licenciado em Humanidades e mestre em Arte Contemporânea, foi docente do ensino secundário até 2007, quando integrou o Departamento Cultural da Câmara Municipal de Bragança, com funções de direção artística e curadoria no Centro de Arte Contemporânea Graça Morais e no Centro de Fotografia Georges Dussaud. Entre 2007 e 2018, coordenou e programou o Museu Ibérico da Máscara e do Traje e o Centro Cultural Municipal de Bragança.

Nicole Costa continua à frente do Museu José Malhoa, nas Caldas da Rainha, e do Museu da Cerâmica (Caldas) e Museu Dr. Joaquim Manso (Nazaré). Doutorada em Antropologia, pela Universidade Federal de Pernambuco, dirigiu o Paço do Frevo, no Recife, Brasil, entre 2019 e 2021, quando assumiu a direção daqueles três equipamentos. Ao longo de 20 anos de atividade profissional, geriu e coordenou vários projetos transversais à cultura e à educação, entre as quais a Central Única das Favelas de Pernambuco, de que foi Coordenadora Cultural voluntária entre 2013 e 2017.

Gabriela Cavaco assume a direção da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, em Lisboa. Licenciada em História de Arte e doutorada em Museologia, tem aprofundado os estudos na área das representações sociais do museu e urbanismo. Esteve ligada a inúmeros projetos de museus e espaços culturais, entre os quais o Museu Municipal de Vila Franca de Xira, o Palácio Nacional da Pena e o Museu da Presidência da República.
Foi vogal do Conselho Diretivo dos Museus da Universidade de Lisboa, organismo com o qual colaborou desde 1992. Atualmente era chefe de divisão da Casa da Cerca, em Almada.

No Panteão Nacional, em Lisboa, mantém-se como diretor Santiago Macias. Licenciado em História da Arte e doutorado em História pela Universidade de Lyon 2, em França, deu aulas nas Universidades do Algarve e de Évora. Foi investigador da Universidade de Coimbra entre 2009 e 2021 e membro da direção do Campo Arqueológico de Mértola. Foi vereador da Câmara Municipal de Moura entre 2005 e 2013, altura em que assumiu a presidência da autarquia até 2017.

Andreia Galvão continua na direção do Convento de Cristo, em Tomar. Licenciada e doutorada em Arquitetura, é diretora do monumento desde 2014. Entre 2005 e 2009 foi vice-presidente e subdiretora do IPPAR e do IGESPAR, tendo assumido a direção do Museu de Arte Popular, em Lisboa, entre 2010 e 2013. Foi coordenadora nacional das Jornadas Europeias do Património entre 2006 e 2009, e é professora auxiliar na Faculdade de Arquitetura e Artes da Universidade Lusíada desde 2004, colaborando com centros de investigação científica.

Estas nomeações assinalam um novo ciclo de crescimento e promoção da cultura, da arte e do património, procurando reforçar o compromisso com os processos de democratização, internacionalização e inovação dos monumentos e museus nacionais.
Os dez concursos receberam um total de 79 candidaturas - de proveniências tão diversas quanto a Venezuela, Itália, Inglaterra e Brasil, além de Portugal -, que foram avaliadas por um júri composto por elementos nacionais e estrangeiros, incluindo académicos, investigadores e especialistas nas áreas da cultura, património e museologia, assim como representantes de associações profissionais do setor.

Os mandatos, com início no próximo dia 1 de março, serão exercidos em regime de comissão de serviço com a duração de três anos (até dezembro de 2027), renovável por iguais períodos.


Fonte: Museus e Monumentos de Portugal, E.P.E.