|
|
FILIPE MAGALHÃES É O NOVO CURADOR DO CENTRO DE ARQUITECTURA DO MAC/CCB2025-11-10O arquiteto Filipe Magalhães, cofundador do atelier fala, é o novo curador do Centro de Arquitetura do Museu de Arte Contemporânea do Centro Cultural de Belém (MAC/CCB). Magalhães deverá entrar em funções, com o seu atelier, no dia 02 de janeiro de 2026, por um prazo de quatro anos. A escolha resulta de um concurso público lançado em junho deste ano, ao qual concorreram dezenas de profissionais, acrescenta o CCB, em comunicado. Filipe Magalhães ficará responsável pela definição e desenvolvimento da programação do Centro de Arquitetura, reportando diretamente à direção do MAC/CCB e em articulação com as restantes áreas daquele centro cultural. Nascido no Porto, em 1987, Filipe Magalhães é arquiteto pela Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (FAUP), onde se encontra a concluir o doutoramento, e "interessa-se pelo papel do arquiteto enquanto autor e pelo espaço doméstico enquanto obra de arte". Trabalhou com Harry Gugger, em Basileia, e com Kazuyo Sejima, no Japão, lecionou em Toronto, Munique, Lisboa e Lausana, e é autor e coautor de projetos editoriais publicados "sobre temas variados e entrelaçados, como a ficção de Kazuo Shinohara, o desenho como representação tangível, ou uma nova vaga de práticas portuguesas". Em 2013, fundou o atelier fala, no Porto, juntamente com Ana Luisa Soares, Ahmed Belkhodja e Lera Samovich. Ao longo dos anos tem colaborado com diversas universidades e instituições internacionais, entre as quais o Centennial Hall, em Tóquio, a ETH Zurique, o RIBA, em Londres, a GSAPP, em Nova Iorque, a Graham Foundation, em Chicago, a BOZAR, em Bruxelas, e a Casa dell'Architettura, em Roma. O seu trabalho foi apresentado em mostras como as Bienais de Arquitetura de Veneza e Chicago, a Fundação de Serralves e o Pavillon de l'Arsenal, em Paris. A proposta curatorial agora escolhida reflete as preocupações e o percurso do atelier fala, valorizando a relevância do debate sobre a arquitetura no contexto europeu e a sua ligação com a sociedade. Filipe Magalhães propõe "questionar as normas com o público" e "criar exposições generosas, mas inquietantes", defendendo que "todos os espaços merecem ternura", nomeadamente na "beleza do que é negligenciado", e que a arquitetura é simultaneamente um "ato de ficção e empatia". O cargo de curador do Centro de Arquitetura do MAC/CCB foi anteriormente ocupado por Mariana Pestana. |














