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AS MEGALÍTICAS ‘CASAS DO DRAGÃO’ LOCALIZADAS NUMA ILHA GREGA QUE NINGUÉM CONSEGUE EXPLICAR2025-05-19![]() A Grécia é famosa pela sua arquitetura antiga. Todos os anos, a Acrópole, Ágora e o Partenon atraem milhões de visitantes — e com razão. No entanto, estão longe de ser as únicas maravilhas feitas pelo homem que o país tem para oferecer. Tomemos, por exemplo, as “drakospita” ou Casas do Dragão: uma coleção de 23 megalitos localizados na ilha de Eubeia (Evbia). Acredita-se que tenha sido construído durante o século V a.C. ou possivelmente até mais cedo, não se assemelham às estruturas clássicas que poderíamos encontrar em Atenas ou Corinto. Em vez de colunas e frisos ricamente ornamentados, são feitas de pedras brutas e sem adornos, empilhadas umas sobre as outras, sem argamassa. Cada estrutura tem uma abertura no teto, o que pode ter permitido que o sol e o luar iluminassem o seu interior escuro. A característica mais marcante das Casas do Dragão é a sua dimensão. A maioria mede entre 6,4 x 7,3 metros, sendo o maior, localizado no Monte Ochi, com aproximadamente 12,8 x 7,6 metros. Semelhante a outras estruturas megalíticas espalhadas pelo mundo, a maioria das casas tem uma forma quadrada ou retangular, com telhados estreitos que fazem lembrar as pirâmides egípcias e mesoamericanas. Descobertas pela primeira vez no final do século XVIII pelo geólogo britânico John Hawkins, as drakospitas não receberam o nome de dragões. Na Grécia antiga, a palavra “drako” não se referia a bestas aladas que cospem fogo, mas sim a gigantes. Isto é apropriado porque, tal como Stonehenge, as Casas do Dragão parecem demasiado grandes e pesadas para terem sido construídas por pessoas de tamanho normal. De facto, algumas das lajes de pedra individuais pesam até 10 toneladas, o que é aproximadamente o mesmo que um elefante africano. Além disso, muitas das casas estão localizadas em partes de difícil acesso da ilha, como a do Monte Ochi, a uns impressionantes 4.500 pés acima do nível do mar. É possível que as Casas do Dragão tenham sido construídas utilizando técnicas atribuídas à construção de Stonehenge, cujos construtores misteriosos podem ter utilizado cordas, valas e trenós feitos de troncos de árvores para arrastar e posicionar os seus materiais de construção do tamanho de ciclopes. Embora os especialistas ainda não tenham descoberto como foram construídas as Casas do Dragão, existem várias teorias sobre o seu propósito. A princípio, os arqueólogos acreditavam que eram templos, possivelmente dedicados ao culto de Hera ou Hércules. As evidências para esta hipótese incluem o facto de uma das casas estar equipada com uma chaminé, que pode ter canalizado o fumo dos sacrifícios de animais, bem como a descoberta do que parece ter sido uma mesa de oferendas. Fragmentos de cerâmica, utensílios e ossos de animais descobertos em 1959 oferecem um suporte adicional a esta hipótese: a de que as Casas do Dragão funcionavam como postos avançados militares ou armazéns para armazenar alimentos e outros mantimentos vitais. Segundo um artigo, esta hipótese ainda prevalece entre os residentes da ilha. Uma terceira explicação surgiu em 2004, quando investigadores do Departamento de Astrofísica da Universidade de Atenas descobriram que algumas das estruturas foram construídas de forma a estarem alinhadas com características astronómicas relacionadas com o sistema estelar Sirius. Isto levou-os a especular que podem ter sido usados como observatórios astronómicos. Independentemente do seu propósito original, as Casas do Dragão continuam a ser uma parte extremamente subestimada do rico património arquitectónico da Grécia, oferecendo uma janela para as civilizações que povoaram a área durante o período pré-homérico. Fonte: Artnet News |