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ENTREVISTA



ALICE DOS REIS


Alice dos Reis, nascida em 1995, em Lisboa, é artista visual e cineasta. Em 2019, foi vencedora do Prémio Novo Banco Revelação para jovens artistas e, em 2018, recebeu o Prémio VISIO Young Talent Acquisition. Foi também bolseira da Fundação Botin no âmbito das Artes Visuais (2022-2023) e, anteriormente, recebeu a bolsa Mondriaan Fonds Stipend for Young Artists (2020-2021). A sua prática explora encontros entre corpos, paisagens e crenças através de estratégias narrativas, tais como biografia, ficção e mito. Alice é atraída pela fluidez da ficção científica e da poesia, trabalha principalmente com cinema, mas também se dedica à escrita, escultura e têxteis.
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O ESTADO DA ARTE



INÊS FERREIRA-NORMAN


ARTE, VIOLÊNCIA E MATRIARQUIA EM TEMPOS DE PROPAGANDA
Dr. Gabor Maté é um médico húngaro-canadiano que nasceu em 1944 em Budapeste, cujos avós paternos morreram em Auschwitz e se tornou numa das vozes mais proeminentes sobre o trauma. Ele define o trauma distintamente de um evento que causa trauma, explicando que o trauma é algo com o qual nós vivemos a nossa vida, podendo por isso escolher tratá-lo ou não. “Trauma não é o que te acontece, mas o que acontece dentro de ti’ é como formula a sua definição. Ele também propõe que “a nossa cultura tem uma ideia adulterada de normalidade e esta é o maior impedimento para criarmos um mundo mais saudável, até ao ponto de nos prevenir de agirmos sobre aquilo que já sabemos’’. No seu livro O mito do normal (2023), Gabor destrinça o verbo normalizar: algo que no passado considerávamos anormal e que ‘devagarinho’ nos habituamos e que passa a ser aceite, admitido. A nível social, ele traduz esta ideia como “todos os sistemas estão a funcionar como eles são, não é preciso questionar mais’’.
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PERSPETIVA ATUAL

CRISTINA FILIPE


WARWICK FREEMAN. HOOK HAND HEART STAR
A exposição retrospetiva, Hook Hand Heart Star, na Pinakothek der Moderne, em Munique, apresentou a trajetória da obra de Warwick Freeman (Nelson, Nova Zelândia, 1953). Ao longo de cinco décadas, o joalheiro neozelandês criou um léxico de símbolos: desde o simbolismo cultural do gancho e da estrela até ao coração redesenhado na escória vulcânica da ilha de Rangitoto. Quando usadas, as suas joias comunicam algo sobre quem somos e como vivemos. Ao longo da sua carreira, Freeman nunca se cansou de explorar o que significa fazer joalharia em Aotearoa Nova Zelândia.
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OPINIÃO

SANDRA SILVA


RELUCTANT GARDENER
Já se somam em milhares, os anos em que a Humanidade tem vindo, continuamente, a ceifar a liberdade da Natureza, moldando-a segundo interesses volúveis e, muitas vezes, destrutivos. Facilmente, evaporamos o sentido de comunidade planetária das nossas ações quotidianas e permanecemos na altivez da ideia de consciência superior. Continuando a usar e a abusar dos recursos naturais, como se fossem inesgotáveis. Talvez seja necessário investir em projeções anacrónicas no que respeita ao sentido ético na ligação entre o humano e o não-humano.
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ARQUITETURA E DESIGN

JOÃO ALMEIDA E SILVA


AALTO — ONDE ALVAR ENCONTRA ÃLVARO
Em Portugal, é difícil não pensar em Alvar Aalto (1898–1976) como uma das grandes referências da arquitectura moderna — e, em particular, como uma das influências mais profundas sobre um dos maiores arquitectos portugueses de todos os tempos: Ãlvaro Siza. A visita a esta mostra constitui uma excelente oportunidade para ver projectos e materiais inéditos da obra dos Aalto e, ao mesmo tempo, confrontá-los com um edifício projectado por um dos seus assumidos discípulos. Conta-se que, ainda jovem, Siza recebeu de Carlos Ramos — seu mestre na Escola de Belas-Artes do Porto — o conselho de comprar algumas revistas de arquitectura. Entre as quatro que adquiriu, uma era inteiramente dedicada a Alvar Aalto – L’Architecture d’Aujourd’hui, Aalto, Paris, n.º 29 (1950). Esse “encontro†fortuito acabaria por marcar, de forma silenciosa mas duradoura, o seu percurso.
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ARTES PERFORMATIVAS

VICTOR PINTO DA FONSECA


PARTE IV/5: MAIS UMA VEZ, REPENSAR A ARTE
Pode à primeira vista parecer estranho associar o método científico e as artes, mas, entrever um sistema de pensamento que inclua uma visão fundamental sobre a natureza, para transformar a compreensão e a apreciação da arte, poderá estar em função das regras da lógica matemática — por que outro fio condutor é que devemos então pensar o essencial da criação, a natureza da arte, se não por um fio condutor da matemática? Há algo + nisto: é a gramática de todo o funcionamento da arte que devemos aceitar mudar de questões materiais e formais para ser estudada como um ser-complexo matemático. A arte precisa da matemática lá “onde as perplexidades são maioresâ€, pensei. Assim, qualquer clareado da natureza da arte tem de começar por caminhos nunca antes percorridos, extremamente diferentes.
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PREVIEW

MOON - Festival Internacional de Videopoesia | 8 e 9 de novembro 2025, Templo da Poesia, Oeiras


Celebração da videopoesia e da videoarte contemporânea, reunindo poetas, cineastas e artistas visuais num encontro entre palavra, imagem e som.
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EXPOSIÇÕES ATUAIS

COLECTIVA

WHEN THE WORLD IS FULL OF NOISE


Espaço.Arte, Campo Maior

No meio do vasto e sereno Alentejo, de campos cobertos por uma capa de silêncio, surge uma exposição que desafia esta calmaria. “When the world is full of noiseâ€, com curadoria de Orlando Franco, instala-se num intervalo onde o ruído se converte em presença, convocando-nos a escutar o que vibra por baixo da superfície do visível. “When the world is full of noise†não é apenas um enunciado sobre o excesso contemporâneo; é, sobretudo, uma meditação sobre o que persiste no meio desse tumulto: a respiração, o gesto, o silêncio que resiste ao apagamento.
LER MAIS LEONOR GUERREIRO QUEIROZ

GONÇALO SENA

FOLHAS FANTASMA


Kubikgallery, Porto
Ao entramos na exposição deixamo-nos surpreender pelos tons ocres, cinzas e minerais que revestem o espaço, como se a marginal do Douro e o ambiente fluvial exterior encontrassem um prolongamento no interior da galeria, em que o ambiente expositivo e cenográfico desenhado pelo artista afirma-se no próprio espaço, expandindo-o e enfatizando-o través da intervenção principal: as paredes texturadas que nos recebem. O interesse de Sena em criar ambientes específicos que respondam aos espaços onde expõe, alia-se ao seu entendimento e visão de cada exposição como um elemento de suspensão do processo de trabalho, para o qual cria um vocabulário, por norma novo, ou no caso de Folhas Fantasma integrando trabalhos antigos.
LER MAIS MAFALDA TEIXEIRA

ALEXANDRA BIRCKEN

SOMASEMASOMA


Culturgest, Lisboa
Há na exposição um diálogo e uma dissolução constante entre o corpo e a veste, o interior e o exterior, o natural e o fabricado. O eventual rasgo ao meio de determinada obra, expondo a sua maquinaria interna, é expressivo dessa dissolução. Bem como as pedras plastificadas que se dispersam entre as salas. Outras vezes tecidos lado a lado, dos pólos anteriormente opostos, emergem esculturas por meio dessa inflexão mútua, compondo um espaço de estranha assemblage. Novas configurações emergem de uma escolha de materiais e alegorias, escolha esta que confere ao espectador espaço ao mesmo tempo para a o estranhamento, a sugestão e o reconhecimento.
LER MAIS MARIANA VARELA

ROSÂNGELA RENNÓ

COISAS VIVAS [E O DESLETRAMENTO PELA PEDRA]


Cristina Guerra Contemporary Art, Lisboa
A pedra, na sua mudez, fala tanto que se alonga. As pedras e as rochas guardam qualquer segredo da terra. Os monumentos, por sua vez, guardam a história da história. São o registro das coisas de longa duração. Na exposição Coisas Vivas [e o Desletramento Pela Pedra], esses interesses se reúnem em um conjunto fotográfico e visual que tem a pedra como elemento principal. Mas a pedra, como eu dizia, não é a pedra enquanto elemento. Da pedra só resta, aqui, a sua temporalidade tão longa, a sua permanência e resistência no tempo, diferente de outros elementos mais voláteis.
LER MAIS MARIANA VARELA

JOÃO PIMENTA GOMES

DOIS STEREOS


Galerias Municipais - Galeria da Boavista, Lisboa
O título da mostra já expressa as questões que nos confrontam ao adentrar a Galeria da Boavista: os duplos, a imaginação do espaço, o aspecto sônico enquanto condutor da percepção espaço-temporal. “Dois Stereos†inclui a ideia de duplicação, entretanto é, também, um nome meta-semântico, uma vez que o próprio som estereofônico é um sistema binário: dois “estéreos†são, na verdade, quatro saídas de som. A multiplicação implícita no título indica o procedimento que apresentará as muitas outras camadas sensíveis emergentes no percurso expográfico.
LER MAIS ISABEL STEIN

JULIANA CAMPOS / PAISAGEM-FUGA

BÃRBARA FADEN / MAGNÓLIA


Mais Silva Gallery, Porto
A Galeria Mais Silva apresenta duas exposições e duas artistas: Magnólia, Bárbara Faden, e Paisagem-Fuga, de Juliana Campos. São mostras independentes (cada uma com direito à sua entrada pela rua), mas nem por isso a apresentação aparenta ignorar as relações - afinidades e diferenças - que podem existir entre elas. Encontro-me, portanto, nesse espaço intermédio, imóvel, tomada pela indecisão de começar primeiro por uma e não pela outra. Logo tento encontrar o que têm em comum as imagens que vejo, mesmo que tal surja por defeito da proximidade: existe um fundo científico onde se encontram para, de lá, divergirem.
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JOÃO PENALVA

JOÃO PENALVA


Galeria Francisco Fino, Lisboa
Em 1972, em Londres, João Penalva estudava ballet na London Contemporary Dance School. Trabalharia a partir do ano seguinte com Pina Bausch, mas voltaria à capital inglesa, quatro anos depois, para estudar pintura, até 1981. Mostraria os seus trabalhos pela primeira vez, pouco depois, no Porto. Mais de quarenta anos depois, a exposição que apresenta na Galeria Francisco Fino, sem título, é composta por imagens fúmidas.
LER MAIS MIGUEL PINTO