LUCIANA FINA E DAVID SANTOSO MÓVEL E O IMÓVEL MUSEU DO NEO-REALISMO Rua Alves Redol, nº 45 2600-099 VILA FRANCA DE XIRA 01 FEV - 01 FEV 2025 VISITA GUIADA: Dia 1 de Fevereiro à s 16h00 no Museu do Neo-Realismo, Vila Franca de Xira Com a artista Luciana Fina e o curador David Santos ::: Um percurso pensado para o espaço do Museu do Neo-Realismo, quatro peças de Luciana Fina realizadas entre 2001 e 2021, repensando o Movimento da Imagem e a noção de Casa. No Ciclo de Arte Contemporânea Movimento de Resistência. De terça a domingo, até dia 23 de Fevereiro de 2025 no Museu do Neorealismo, Vila Franca de Xira. ::: A EXPOSIÇÃO 1. CCM posto 7 | Luciana Fina e Moritz Elbert Posto 1, 2001 | Posto 7, 2024 câmara CCTV, vÃdeo, 2 monitores Em CCM posto 7, através de dois monitores apresentando imagens de CCTV (video vigilância) dois espaços aproximam-se, intangÃveis, à distância de dois mundos. Num monitor vemos a circulação pelas escadas do Centro Comercial da Mouraria, espaço privilegiado de todas as comunidades migrantes que habitam a cidade e circulam confinadas a uma zonas especÃfica. No outro monitor estamos nós, circulando pelas escadas do museu, movimento livre e mais rarefacto no espaço legitimado da cultura. A circulação no CCM remete para o movimento obstinado das migrações, para a densidade dos mercados e a sua articulação dedálea.. 2. TERCEIRO ANDAR | Luciana Fina Edição monocanal, 2020 vÃdeo projecção contÃnua, cor, som, 15 min Inteiramente filmado no interior de um prédio, no espaço da palavra, do diálogo e da tradução. No suceder-se de um poema, de um conto, de uma carta e uma reza, as palavras transitam de uma lÃngua para a outra, de uma interlocutora e de uma voz para a outra, subvertendo a hierarquia instituÃda entre os idiomas. Pelas 19h, do terceiro até ao meu quinto andar, ressoa pelo prédio um som regular, sempre igual, como o bater do coração. O som sobe as escadas e os patamares, atravessa as paredes, as portas e os corredores, ocupa as casas e as varandas, percorre o prédio em toda a sua complexidade e permeabilidade. 3. CIDADE EM TRANSE | Luciana Fina 2021 vÃdeo projecção contÃnua, p/b, 35 min série cartazes, dimensão variável LE MANI SULLA CITTÀ e UNE CHAMBRE EN VILLE apresentam CIDADE EM TRANSE, um filme de Luciana Fina, com co-produção Ãtalo francesa. Filme imaginário, já premiado internacionalmente, teve a sua estreia em Portugal durante a pandemia. Numa cidade transfigurada pela especulação imobiliária, milhares de pessoas vêem a sua vida descompaginada, enquanto assistem à inelutável disfunção do próprio conceito de cidade. No Bairro das Colónias um grupo de moradores procura subtrair os prédios em que habita ao jogo dos grandes grupos financeiros. Num filme imaginário, escrito a partir de documentação recolhida ao longo de 2018 e 2019, tece-se um diálogo entre o Bem e o Mal, a palavra infecta e ambÃgua que emerge de um contexto de profundas mutações. A cidade transfigura-se, exprime, fala, transforma, representa. 4. VUE portraits | A CASA e O TEMPO | Luciana Fina 2006 | 2014 vÃdeo, projecção contÃnua, texto, p/b 35 min A articulação inédita de duas instalações, VUE portraits (2006) e A casa e o Tempo (2014), confronta-nos aqui com a noção de imagem-tempo. À janela, o decorrer do final do dia. E vistas que celebram a unidade entre o indivÃduo e o lugar ou que convocam todos os medos do presente, vistas animadas de gente, vistas suspensas na memória, vistas feitas de luz, cheiros e sons. As 19 janelas pertencem a performers originários de Singapura, Paris, Maputo, Ouagadougou, Mértola, Rio de Janeiro, Cidade do Cabo, Nova Iorque, Ifanadiana, Tunis, Beirute, Praga, Viena, Praia e Mindelo. 5. One Week, Buster Keaton 1920 Na sala de cinema em projeção contÃnua. |