VáRIOSChamar à Atenção \ Conversa em torno do número 23FUNDAçãO ARPAD SZENES - VIEIRA DA SILVA Praça das Amoreiras, 56 1250-020 LISBOA 04 ABR - 04 ABR 2024 CONVERSA: Dia 4 de Abril às 18h00 no Auditório do Museu, Fundação Arpad Szenes - Vieira da Silva, Lisboa Ciclo Biblioteca em Fogo #6 Com: António Guerreiro, José Manuel dos Santos, Sandra Brás dos Santos, Sara Orsi, Sílvia Pinto Coelho e António Bracinha Vieira ::: O dossier central do número 23 da revista Electra tem como assunto “ A atenção”. Juntamos, nesta ocasião, os editores e convidados para uma conversa sobre o tema, dialogando com as entrevistas e artigos publicados de Yves Citton, Enrico Campo, Mark Wigley, Georg Franck e Claire Bishop. A designer e investigadora Sara Orsi, a coreógrafa e investigadora Sílvia Pinto Coelho* e o psiquiatra e antropólogo António Bracinha Vieira, são convidados a efetuar uma reflexão sobre a “atenção” a partir das suas áreas de conhecimento, práticas, processos e criações. Sandra Brás dos Santos, investigadora e coordenadora do Centro de documentação da Fundação Arpad Szenes – Vieira da Silva, fala-nos de um conjunto de desenhos e cartas inéditos da pintora Maria Helena Vieira da Silva, produzidos em 1928, quando tinha vinte anos, numa viagem de estudo a Itália, e revelados na Electra 23. *investigadora integrada no ICNOVA com contrato CEEC-FCT “A atenção é um bem escasso e precioso cuja captação tem o custo de uma autêntica “guerra civil” à escala universal. Ela é a mercadoria da qual depende o valor de todas as mercadorias, sejam materiais ou imateriais, reais ou simbólicas. Para captar a atenção, criaram-se os mecanismos mais sofisticados, inventaram-se tácticas cujo objectivo é tornar-nos reféns passivos e anestesiados. Uma economia da atenção tornou-se assim um domínio poderoso da economia geral, potenciado em larga escala pelas novas tecnologias para as quais a atenção é um capital absoluto. A capacidade de atrair a atenção e, por conseguinte, de entrar na lógica da disputa e da concorrência que lhe é inerente é a condição a que está submetido não apenas o domínio do estrito da economia, mas também tudo o que revela da vida política e cultural. Hoje, a atenção, ela própria, é o objecto de atenção e estudo.” (in Electra 23 (2024), pág. 44) ::: Ciclo Biblioteca em Fogo Lançamentos, leituras, conversas Biblioteca em Fogo – título de uma pintura de Maria Helena Vieira da Silva – é o novo ciclo de lançamentos, leituras e conversas em torno de livros de artista e publicações dedicadas à teoria da imagem, história da arte, estética e filosofia. Este é um espaço onde editoras e autores podem testar novas formas de apresentação e tradução do objeto livro, e revelar obras que poderão constituir um contributo importante para a cultura contemporânea. A biblioteca labiríntica de Vieira da Silva, como a de Jorge Luís Borges, é um lugar de liberdade e actualização crítica onde se retém o fogo da curiosidade, onde encontramos livros infinitos que redefinem e questionam o acto de olhar as coisas – um espaço de abertura e discussão, nunca separado dos desafios do agora. |