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O seguinte guia de exposições é uma perspectiva prévia compilada pela ARTECAPITAL, antecipando as mostras. Envie-nos informação (Press-Release e imagem) das próximas inaugurações. Seleccionamos três exposições periodicamente, divulgando-as junto dos nossos leitores.

 


VICTOR TORPEDO | LUÍS PALMA

Now Here, Nowhere | ESCURO




CAV - CENTRO DE ARTES VISUAIS
Pátio da Inquisição 10
3001-221 COIMBRA

11 MAR - 11 ABR 2023


INAUGURAÇÃO: 11 de Março às 22h00 no CAV — Centro de Artes Visuais

Curadoria: Miguel von Hafe Pérez


No ano em que comemora 20 anos de existência, o CAV dá também início a um novo ciclo de programação, com a curadoria de Miguel von Hafe Pérez. O ciclo a vida, apesar dela foi concebido para um período de 4 anos e inaugurará a 11 de Março com a apresentação de duas novas exposições ao público.


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Now Here, Nowhere de Victor Torpedo
Curadoria de Miguel von Hafe Pérez e Filipe Ribeiro

Nome fundamental do contexto musical português, desde a década de 1980 que Victor Torpedo tem vindo a desenvolver um corpo de trabalho ecléctico, cujas incursões por diversos media, como pintura, fotografia, vídeo e performance, reflectem uma curiosidade infinita pelo mundo que o rodeia.

As fotografias, que agora apresenta no CAV, são registos inéditos em filme de 35mm, a preto e branco, realizadas em 1997 durante a primeira viagem que realizou aos Estados Unidos com os membros da sua banda, os Tédio Boys (1989-2000). Mostradas ao público pela primeira vez, são uma prova vital de um olhar sobre uma realidade mediada pela relação entre arte, cinema e música, que, deste lado do Atlântico, exercia um profundo fascínio mitológico, resultando num trabalho que não se assume como mera reportagem ou documentário.

Ao longo de três meses, Victor Torpedo propõe-nos assim uma narrativa explícita, face ao seu interesse em fotografar os seus companheiros de viagem naqueles lugares e paisagens e em confrontar-se com a narrativa da América de todos os sonhos. No fim, é o corpo e a sua energia, que coincidem num retrato notável que ficou esquecido ao longo de 25 anos.

Ao mesmo tempo será lançado o catálogo deste projecto, com a chancela da Lux Records. Para além das fotografias, “Now Here, Nowhere” inclui também textos de Victor Torpedo, Pedro Medeiros, Fer- nando Pinto (Elevator Music), Paula Guerra (Kismif), Rui Ferreira (Lux Records) e Filipe Ribeiro.


Victor Torpedo (1972, Coimbra). Músico e artista plástico, vive e trabalha em Coimbra. A sua história pessoal, enquanto músico, é incontornável no panorama da música moderna portuguesa, tendo fundado e integrado diversas bandas e projetos artísticos em Portugal e no Reino Unido, onde viveu entre 2000 e 2011.
Dos Tédio Boys aos Parkinsons, dos Blood Safari aos Tiguana Bibles, passando por 77, Subway Riders e Objetos Perdidos, nunca deixou de assumir intervenções em várias disciplinas artísticas, nomeadamente na pintura, vídeo art, performance, teatro e fotografia, desen- volvendo nos projetos mais recentes (com os Pop Kids e no Karaoke Show) uma componente multimédia inseparável das apresentações ao vivo.
Com o artista suíço Jay Rachsteiner, formou a dupla Sardine & Tobleroni desenvolvendo um projeto de pintura e design gráfico numa prática entre o Acidentalismo e a Conceptual Art Brut, o equivalente ao lugar que o Punk ocupa na música.
Participou em várias exposições individuais no Reino Unido, Itália, Portugal e outros países, integrando ainda a exposição “Travelling Light”, na 53ª Bienal de Veneza, em 2009. O seu projecto “We Love 77” estreou-se em 2010 em Islington (Londres), com participações de Poli Styrene e Don Letts. No mesmo ano, destaca-se ainda a última exposição do colectivo, “PoP Shots”, cujo trabalho foi mais tarde apresentado na London Art Fair em 2011.
Como artista leva-se ao limite, sempre numa busca incessante pela verdade (se ela existir) e honestidade artística, sem medo de arriscar entre um labirinto de temas e formas, porque o futuro não existe sem um presente.



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ESCURO de Luís Palma
Curadoria de Miguel von Hafe Pérez


Com um percurso que começa a ganhar visibilidade no final dos anos oitenta do século passado, Luís Palma é uma referência na afirmação da fotografia no panorama alargado das artes plásticas em Portugal.

Com uma presença importante de obras encomendadas pelos Encontros de Fotografia na sua coleção, este autor é um dos fotógrafos portugueses que mais intensamente tem trabalhado questões relativas ao território, às suas desigualdades e paradoxos, a partir de uma visão muito particular onde as noções de periferia e desenraizamento urbanístico ganham particular densidade.

Escuro é uma exposição que apresenta trabalhos de 1981 a 1994 e que parte dos bastidores do concerto dos The Clash em Madrid em 1981, atravessando a memória de interiores onde a solidão e a ausência se espelham em tensão sublinhada pela mestria com que os claro-escuros se revelam em intensidades variadas.

Tal como afirma o curador: “Lisboa, Nova Iorque, Londres e o Porto são cidades onde a visão de uma sociedade plena de contradições tanto se pode plasmar na mancha lamacenta de uma rua, como nas rugas vincadas de uma face”.

Sem juízos morais, esta é uma visão idiossincrática de um período que passa tanto pela euforia pós-revolucionária de um autor à procura de experiências de vida libertadoras – sinalizadas nas diferentes geografias tratadas -, como na partilha desafiante de um período ulterior onde uma certa angústia existencial se consubstancia nas pequenas provas agora em exibição, todas realizadas a partir dos originais cuidadosamente preservados.


Luís Palma (1960, Porto) Por mais de duas décadas a sua obra tem sido exposta regularmente, com particular desta- que para as seguintes exposições: Estados Unidos da Imagem, Galeria Roma e Pavia, Por- to (1988); A Palavra das Imagens, Comissariado Português Para a Europália 91, Bruxelas, Bélgica (1991); Memórias Metafóricas, Centro Cultural La Beneficència, Valência, Espanha (1997); Paisagens Periféricas, Fundação de Serralves, Porto (1998); Paisajea, Industria, Oroi- mena, Museu San Telmo, Donostia (San Sebastián), País Basco, Espanha (1998); Paisagem, Indústria, Memória, Centro Português de Fotografia, Porto (1999); Memória Afectiva, Teatro Académico de Gil Vicente, Coimbra (2000); Siete x Siete x Siete, Fundación Telefónica, Ma- drid, Espanha (2001); Colecção de Arte da Fundação Coca-Cola de Espanha, Culturgest, Lisboa (2002); Ao Princípio Era a Viagem, 28.ª Bienal de Pontevedra, Espanha (2004); Ins- tantes da Memória, Central Tejo, Lisboa (2007); BesPhoto 2008, Centro Cultural de Belém, Museu Colecção Berardo, Lisboa (2009); Impressões e Comentários: Fotografia Contempo- rânea Portuguesa, Salla Parpalló, Valência, Espanha (2010); Da Outra Margem do Atlântico, Centro de Arte Hélio Oiticica, Rio de Janeiro, Brasil (2010); Mapeamento, Memória, Política, Fundação EDP, Porto (2014); We Want Electricity, Galeria Pedro Oliveira, Porto (2021); Arrá- bida Bound, Galeria Insofar, Lisboa (2021).
Está representado em diversas colecções públicas e privadas, das quais se destacam as se- guintes: Encontros de Fotografia, Centro de Artes Visuais, Coimbra; Colecção da Sala Rekalde, Diputácion Foral de Bizkaia, Bilbau, Espanha; Colecção do MACE (António Cachola), Museu de Arte Contemporânea de Elvas; Colecção da Fundação Coca-Cola de Espanha, Madrid; Fun- dação Calouste Gulbenkian, Lisboa; Fundação PLMJ, Lisboa; Museu de Arte Contemporânea de Serralves, Porto; Fundação Ilídio Pinho, Porto; Colecção de Fotografia Novo Banco; Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro, Brasil; Fundação EDP, Lisboa.