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ARTES PERFORMATIVAS


TATRAN € €EYES, €NO SIDES€ E O RESTO

RICARDO ESCARDUÇA

2017-09-02



 

 

 

É para dizer que sim ou que não? Acaba de conhecer-se algo. Alguém. O que dizer – não há, não pode, mesmo quando há, acaba por desmanchar-se a si mesma ou às mãos dos outros, deve, existir a coisa absoluta, tudo passa, o sim e o não, em alternância, proveitos e perdas. Mais proveitos que perdas neste caso, já lá se vai.

Comece-se pelo sim. “Eyes” é para ouvir alto e bom som e ver-se de olhos e mente bem abertos – prodígio dual da tecnologia: um cabo daqueles de quem percebe da arte tipo RCA ou Jack ou P1 ou P2 das coisas ainda mais ou menos analógicas e que se tocam com as mãos, mas que maravilha, podem ligar o, tão arma de destruição maciça quanto sala e mesa de café para nos sentarmos olhos nos olhos com o resto do mundo, tablet, gadget ou o lá o que é, ao amplificador que, consecutivamente, nos atira, tudo o que queremos ouvir, pelas colunas de médios e agudos e pelo adicional módulo de max bass sound. Música aos altos berros, é o que se quer, mas sem deixar de assistir-se ao vídeo na janela sem fios e cabos do wi-fi, é fundamental. “Eyes” é isso mesmo, para, assim, ouvir/ver.

“Eyes” é o portal de entrada no álbum “No Sides”, 2 de Junho dá-lhe a luz dos dias pelas mãos, sem editora, dos mesmos, o trio israelita Tatran comanda. Para devorar engolir, ouvir/ver antes de mais, antes de tudo, antes de saber-se o que seja para saber.

Denúncia das aptidões técnicas e artísticas dos três, e da forma como as combinam em unidade sonora e visual, camadas e texturas ao mesmo tempo expandidas e contraídas, som e imagem fundem-se num universo de pó e terra, carne e sangue, tempo e espaço, terreno e alienígena. É operático e clássico, não, é tecnológico e futurista. O que é afinal?, não importa, importa ser o que é – história inspirada de epopeias de ontem e, ou, de amanhã, contada no dia de hoje, mero detalhe, importa aqui a ancestralidade em que se sugere, sustenta-se no que foi uma visão do que está para, talvez sabe-se lá, ser.

Ouvidos em alerta, por muito que estejam, não conseguem engavetar em descabidas ambições taxonómicas a espécie geométrica de “Eyes”, laboratório de música experimental e psicadélico, frontão de “No Sides”, – as propriedades rítmicas e melódicas do jazz e soul contemporâneos, do rock progressivo, a invocar o terceiro vértice, ocupa-o a música clássica, um triângulo frontal, já o não é, contorcido, distorcido pela ferramenta electrónica de pés e mãos, exploração singular de dimensões pluridimensionais virgens, ou raramente visitadas por aventureiros de estirpes parecidas. A geometria sonora de linhas e pontos, géneros e espécies misturam-se, fluidifica-se e hipnotiza, feiticeira que é, virulenta e curadora.

Figurantes adicionais numa caverna em Israel, caverna de ontem e, ou, de amanhã, estes personagens, vários; desde a bailarina, dança talvez certamente símbolo, tribal africana de cores, pinturas e adornos a evocar o tempo em que se pôs em pé na savana e se distinguiu do animal; o ser, humano porventura, assim parece, expelido pela sua mãe.terra, primeiros passos são dados, pés e mãos no chão, de quatro; o corpo humano como ele é hoje, erecto sem cara, e vestido de calças será homem, está de calças leggins, será mulher, porventura, não se lhe vê o peito curvilíneo e feminino coberto com as mãos que depois desvendam os olhos que são janelas; aqueles três de negro, buraco talvez vazio de si mesmas, que só circulam e rastejam sem face, seguem ou perseguem alguém, ou com face escondida na nuca; as outras duas, escondidos, só posam parece uma selfie, com máscaras, tal o carnaval em Veneza. Mais ainda há. No mesmo espaço, a caverna de ontem, será de amanhã?, convergem todos eles, os de hoje, representam talvez os de ontem, amanhã, sobre si mesmos, em ritual.

Som e imagem, “Eyes”, música e vídeo, uma magnífica experiência, sublime de fusão, de mistura, de comunhão.

“Eyes”, um ritual global e contemporâneo – num tempo e num espaço de ontem, de hoje e, ou, de amanhã. A tribo global, na geografia a que hoje se chama Israel – umbigo histórico de tantos mundos, tanto para dizer, não nos atrevemos – personagens, movimentos e símbolos em estilos diversos do(s) corpo(s) de espécies várias em ocupação e movimento no espaço umbilical, emblemas, encenação performativa da música inclassificável de “Eyes” em aliança sonora, concordância singular disto e daquilo: um ponto de observação de dinâmicas culturais e sociais, como se criam, mantêm ou alteram.

É Victor Turner que postulou sobre a natureza ambivalente, dimensão liminal e anti-estruturalista dos rituais, reforço da ordem social e cultural e, ou, ignição da alteração, reflexão, revolução. “Eyes”, evocativo de um ritual visual e sonoro, sabe-se lá qual, muitos é certo, compactados na estrutura de uma faixa de música e vídeo e implícitos numa fórmula sugestiva de significados, contextos, interpretações, transforma-se numa experiência sensorial e estética de relevo acentuado porque, tão simplesmente, adquire a superior aptidão de interagir com quem a ela lhe deita os ouvidos e os olhos porque se metamorfoseia enquanto união de culturas, artes expressivas, tecnologias.

Estado transitório, terreno propício à mudança, “Eyes” não traz respostas nenhumas, nem interessa. Antes, na mistura agitada e colocada, coloca-nos, em tensão, sedimentam-se com o peso da gravidades as perguntas sugeridas, as que o fazem superiormente distinto. 

Segue a viagem, experiência. “Eyes” é o frontão de “No Sides”, fluidez não geométrica, “Heavy Moss”, “The Climb” e “No Sides” – a faixa – são as colunas, fachada do monumento, estrutura exemplar na sua sustentação. Quase tão elevadas como “Eyes”, experiência conceptual, estética e artística, dão que falar, relevo merecido, bem mais que um mais na multidão massa, homogénea, de música.

Notáveis executantes instrumentais, simples arranjos e complexos, hábeis e originais improvisos experimentais, ensaio prévio nem vê-lo, saem-lhes da ponta dos dedos numa espécie de sintonia paranormal entre espíritos artísticos singulares, anacrónicos e complementares, Tamuz Dekel na guitarra, figura principal na proa psicadélica e progressiva das composições, Offir Benjaminov no baixo, o espesso pesado manto melódico e Dan Mayo na casa-rítmica da máquina-bateria arrítmica, mistura plastificadora, rica em influências e técnicas e vasta em criatividade e talento. “No Sides”, entidade musical, um ser-vivo diferente, tão excepcional na conjugação inovadora de dissonâncias e harmonias, é veículo de transporte para outras dimensões, desconfortavelmente estímulo e veneno, o território a desbravar. 

“No Sides” é o filho de um concerto, gravação de cinco faixas em que os três da orquestra sobem ao palco com uma ideia absolutamente definida do que vão fazer: sem ideia nenhuma. “No Sides” é cinco faixas de improvisação a cru. Rumo que ao que for, em pleno palco, não é para todos assumir o risco, cara-a-cara com o público e sem nada a que se agarrarem, é preciso ter mãozinhas, que não seja a guitarra, o baixo e a bateria. E uma mão-cheia pedaleiras de efeitos e de parafernálias electrónicas.

A experiência sónica, aventura alucinogénia da música improvisada ao vivo, para lá, por entre, das linhas do jazz, do rock, da electrónica, experimental avant-guarde ou de vanguarda se recuarmos umas dezenas de anos mas actualizada ao dia de hoje. “No Sides”, atmosfera íntima e intensa do palco destilada para um disco excepcional.

Refira-se o não, dito em voz baixa, é de pouca expressão, há nele, no fundo, mais sim que não. Por detrás de “No Sides”, último trabalho fachada de frontão e colunas, já andam por aí desde 2011 em concertos um pouco por todo o lado, bem para lá de Tel-Aviv, cidade natal. “No Sides” é o terceiro na linhagem de Tatran, sucedâneo de “Soul Ghosts” de 2015 e de “Shvat” de 2014. Falta-lhes a electrónica, há muito jazz. Aqui e ali, remetem, frequência esporádica, nomes, valiosos, mas hoje quer-se mais, Billy Cobham ou John Scofield. Hoje quer-se mais, “Soul Ghosts” e “Shvat” entregam-no sem reservas, é um não tímido com bastante de sim, já por lá anda muito rock e experimental, mais disruptivos que os nomes seculares, incontornáveis, do jazz contemporâneo que sugerem. Só lhes falta a electrónica, a de “No Sides”. Vale a pena espreitar, mas é “No Sides” que se fixa no lugar de destaque.

 

 

Ensaio talvez para “No Sides”, já mete muita tecnologia, quem sabe, em 2015 sai o vídeo de animação “Glance” em parceria com o artista visual Shahaf Ram.

Equiílbrio perfeito atingido, do palco para o estúdio, “No Sides” é uma faceta nova em Tatran, e Tatran é um nome que vale a pena seguir, fusão de ambientes e mundos, estado transitório daqui não se sabe para onde, deixando no ar perguntas bastantes, relevantes. Enquanto isso, ouve-se/vê-se alto e bom som, não há muito disto por aí.

 

Tracklist “No Sides”

1. The Climb
2. Heavy Moss
3. No Sides
4. Eyes
5. White Lies

 




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