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No Porto existe um certo número de movimentos - desde espaços alternativos, que expõem geralmente trabalhos de artistas emergentes, a projectos sem sede - que dinamizam um outro lado da arte. No princípio será o descontentamento com o actual panorama artístico que leva à constituição independente mas, quando os projectos se incrementam e se realizam com alguma persistência, revelam vontade e afirmação de diversas plataformas de resistência, pelo menos, tantas quanto a diversidade dos projectos fluentes, com uma solicitação simples — a de existir. E existem, de facto. Combatem e apresentam soluções, de facto, à julgada aparência inócua. Com o reconhecimento de que na cidade do Porto se vivem momentos singulares no âmbito artístico-independente, neste texto pretendo apenas falar de dois projectos que incluem grupos de domínios diferentes: música contemporânea e desenho/banda desenhada.

O colectivo Soopa é hoje mais do que uma editora. Antes de Soopa era mesmo Sopa. Antes de um colectivo, uma banda. Sobre a ideia de uma ever-mutating orchestra reuniram-se, desde o início (1998), músicos para cozinhar uma variedade de sopas sónicas. Atenção: não é um show de variedades. Membros do Soopa relacionam-se em rede sobre nomes como Sabotage, Cactus Man, Autoblack, DJBeatnik, The Banshee e isso quer dizer outra coisa: assumir a esquizofrenia. Como heterónimos da plataforma informática inscrevem um corpo de batalha, condição de corpo Cyborg, gerador e propulsor de criação. A afecção em rede viabiliza-se na concretização de concertos, edição e promoção de música contemporânea.
O colectivo deixou de ser uma banda para ser um ponto de confluência de projectos musicais, nacionais e internacionais, que promove encontros de vários nichos de menor exposição mediática. Tendo como fim a efectuação deste trajecto “enfrentar a situação de atrito relativa à massificação de linguagens musicais, proporcionando novas opções culturais”. A diferença na palavra que apresenta o server de Sopa passa a Soopa é uma questão de pronúncia. No conjunto de diversos significados, Soopa é uma perversão do português “sopa” e a sua correspondente em inglês “soup”, mas em finlandês é sinónimo de algo como “ridículo”. Seja como for, é de facto uma palavra híbrida sem complexos.
Entre a espontaneidade de projectos que podem surgir dos encontros que organizam, no dia 4 de Maio trouxeram jazz de improvisação, o trio Pakos, composto por Heddy Boubaker (sax), Mathias Pontevia (bateria) e Ruch Werchowzka ao espaço Maus Hábitos. No final do mês vão apresentar num squat parisiense “Herzbeat Hotel — Eve of Wide Island is Not a Child Anymore”. O álbum, constituído por um single de 17 minutos, tem muito de música antiga e religiosa: instrumentos clássicos indianos, búlgaros e árabes que intuem mestria e espiritualidade. “Eve of Wide Island is Not a Child Anymore” passou pelo Oráculo. Mas quem é?, O que é o Oráculo, que dadiva títulos? O Oráculo é uma recorrência da editora, não é mais do que o Wordlingo, o tradutor disponível na internet. A língua japonesa é filtro que traduziu Hiroshima para Wide Island. “Herzbeat Hotel”, na sua versão espiritual, quer retirar a história ao instrumento, no entanto, com o pleno reconhecimento dela. A mestria acústica é neste projecto destituída pela experimentação, o espiritual é o Wordlingo! Na opinião de Rui Eduardo Paes, trata-se de música “em dúplice condição: apesar do evidente mimetismo das situações, o carácter experimental do que aqui se ouve chega a ser desconcertante”.
Soopa desconcerta e concerta, porque ironicamente arquitecta. Como estratégia de acção e exercício paralelo à dinâmica das artes plásticas, traça nas capas dos projectos que edita, a solo ou em colaboração com outras editoras independentes, noise e advocated pollution, retirando as palavras a Donna Haraway.

Possivelmente Marco Mendes e Miguel Carneiro vão colaborar com o colectivo Soopa no âmbito da ilustração, o que faz todo o sentido. Sobre a necessidade de reunir trabalhos de autor de banda desenhada e ilustração, a dupla tem vindo a editar fanzines de periodicidade relativamente regular. A última, a quinta, com o título Cospe Aqui, lançada em Abril no espaço Maus Hábitos no Porto, conta com novas apresentações. A feira A Mula, posto de venda ambulante da dupla, vai estar do dia 15 a 17 de Maio integrada na feira do livro agendada pela Faculdade de Belas Artes do Porto; a 19 de Maio está em Braga no espaço Velha-a-Branca, juntamente com a exposição de originais, com prolongamento até ao mês de Junho; a 27 de Maio, O Monte, um espaço recente de libertação e dinamização cultural em Lisboa, vai receber a banca e o lançamento. Cospe Aqui é um alvo para onde se deve cuspir. A capa vem da rua, stencil de Carneiro pintado nas paredes e no chão da cidade para direccionar a escarróbia popular. Esta nova fanzine estará mais próxima do formato revista. Para além dos habituais desenhos de autor, de Didi Vassi, Janus, Manuel João Vieira, Arlindo Silva, Mariana Santos e dos editores, João Marrucho, Nuno Sousa, Carlos Pinheiro, André Lemos, Mike Diana e João Marçal, Cospe Aqui é patenteada com um editorial insinuador e dois textos da autoria de João Marrucho e Mário Augusto. Das diversas preocupações sobre as quais se compõe, a revista é descrente da passividade e da acção inocente: pretende pôr em questão o lugar do artista contemporâneo na sua actuação polite. Apesar do Porto ser uma cidade de fortes actuantes artísticos que se revelam na concretização de opções alternativas, sofre, ao mesmo tempo, de uma urgência de integração institucional.

Soopa é um exemplo raro de desvalorização do lugar. Sem lugar ramifica-se, acoplando outros projectos de intenções similares. Não é o caso das fanzines que, inversamente, no conteúdo pretendem ser locais. Inquietam directamente as questões profundas da cidade. Os desenhos... como falar daqueles desenhos? Já os vi todos, na sua forma impressa ou original e, na dificuldade de resumir a uma frase, arrisco: São traços sujos de realidade, sublinhando a expressão realismo sujo de Arlindo Silva, participante regular da publicação. A revista: um túnel que dispõe pensamentos e afecções poluídas de integridades perversas. A imagem aqui coincide com a vida e não com uma idealidade. Uma vida que é assumidamente distorcida e sórdida.

Estes espaços/projectos podem descrever, como nos diz o editorial da Cospe Aqui, “zonas temporariamente autónomas, onde cada um define os limites da sua própria liberdade”. Bunkers subterrâneos e densos, organizam planos urbanos que concedem o tal túnel por onde os acontecimentos assumem um lugar provisório. Aquilo que aparentemente pode, para muitos, viabilizar empobrecimento é restaurado para apresentar caos in attempt to keep Porto rocking...


Fontes:
Soopa em www.soopa.org
O Monte em www.monteolivete.blogspot.com
Rui Eduardo Paes em rep.no.sapo.pt
Alguns textos disponibilizados pelos editores Marco Mendes e Miguel Carneiro.
HARAWAY, Donna, “A Cyborg Manifesto: Science, Technology, and Socialist-Feminism in the Late Twentieth Century”, in “Simians, Cyborg and Woman: The Reinvention of Nature”. Disponível em: www.stanford.edu/dept/HPS/Haraway/CyborgManifesto.html

Contactos:
Cospe Aqui: ah.mula@gmail.com