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José Raposo
Crítico
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Qual a ultima boa exposição que viu?
Shadowland, uma individual do artista John Skoog que abriu no começo de Março na galeria Pilar Corrias, e que reúne fotografia e trabalho em vídeo. Gostei sobretudo da forma como Skoog olha para a paisagem da região da Califórnia, pensando o espaço a partir da memória de Hollywood.
Que livro está a ler?
Tenho o hábito das leituras dispersas – sinais dos tempos e da indisciplina crónica. Estou agora a terminar Os Anéis de Saturno, do W .G. Sebald, um autor que me é muito querido. No campo do ensaio, acabo de começar Heroes: Mass Muder and Suicide, do Franco Berardi.
Que música está no topo da sua playlist actual?
Lambeth, do Burial.
Um filme que gostaria de rever…
Penso com frequência em rever o Fitzcarraldo do Wener Herzog, mas vão sendo raras as exibições em sala.
O que deve mudar?
O sistema dos objetos.
O que deve ficar na mesma?
A memória.
Qual foi a primeira obra de arte que teve importância real para si?
4:33” do John Cage.
Qual a próxima viagem a fazer?
Marrocos.
O que imagina que poderia fazer se não fizesse o que faz?
Jogador de Xadrez
Se receber um amigo de fora por um dia, que programa faria com ele?
De Brixton a Trafalgar, acabando no Soho: costuma ser uma aventura.
Imaginando que organiza um jantar para 4 convidados, quem estaria na sua lista para convidar? Pode considerar contemporâneos ou já desaparecidos.
Uma lista de utópicos desaparecidos: William Burroughs; Lygia Pape; Miles Davis; Al Berto.
Quais os seus projetos para o futuro?
Pensar melhor, escrever ficção.