Links

ARQUITETURA E DESIGN




Maria José Marques da Silva na defesa de trabalho de fim de curso [s.d.]. ©Fundação Marques da Silva


Artéria. Ana Jara e Lucinda Correia. ©Rui Pinheiro


Inês Lobo. Vencedora do arcVision Prize — Women and Architecture 2014. ©arcVision.org

Outros artigos:

2024-04-13


PÁDUA RAMOS: DA ARQUITETURA AO DESIGN


2024-02-26


NO LUGAR DE UMA JANELA, NASCEU UMA PORTA


2024-01-21


TERCEIRO ANDAR DE LUCIANA FINA OU DESTINAÇÃO (EST)ÉTICA


2023-11-02


A PROPÓSITO DE ONDE VAMOS MORAR? — CICLO DE CINEMA POR ANDY RECTOR


2023-09-11


CARTOGRAFIA DO HORIZONTE: DO TERRITÓRIO AOS LUGARES


2023-08-05


O ESTALEIRO, O LABORATÓRIO, A SUA CAIXA E O CAVALETE DELA


2023-06-01


UMA CIDADE CONSTRUÍDA PARA O CONSUMO: DA LÓGICA DO MERCADO À DISNEYFICAÇÃO DA CIDADE


2023-04-30


ESCUTAR, UMA VEZ MAIS, GRÂNDOLA — OPERAÇÃO SAAL DE VALE PEREIRO


2023-04-03


NOTAS SOBRE UM ARQUITECTO ARTIFICIALMENTE INTELIGENTE


2023-02-24


MUSEU DA PAISAGEM. AS POSSIBILIDADES INFINITAS DE LER E REINTERPRETAR O TERRITÓRIO


2023-01-30


A DIVERSIDADE NA HABITAÇÃO DAS CLASSES LABORIOSAS, OS HIGIENISTAS E O CASO DA GRAÇA


2022-12-29


HABITAR: UM MANIFESTO SECRETO


2022-11-23


JONAS AND THE WHOLE


2022-10-16


CASA PAISAGEM OU UM PRESÉPIO ABERTO


2022-09-08


ENTREVISTA A ANA CATARINA COSTA, FRANCISCO ASCENSÃO, JOÃO PAUPÉRIO E MARIA REBELO


2022-08-11


ENTREVISTA A JOSÉ VELOSO, ARQUITETO DA OPERAÇÃO SAAL DA MEIA-PRAIA


2022-07-11


TERRA, TRIENAL DE ARQUITETURA DE LISBOA 2022. ENTREVISTA A CRISTINA VERÍSSIMO E DIOGO BURNAY


2022-05-31


OH, AS CASAS, AS CASAS, AS CASAS...


2022-04-23


A VIAGEM ARQUITETÓNICA COMO ENCONTRO: DA (RE)DESCOBERTA À (DES)COBERTA DAS ORIGENS


2022-03-29


PODERÁ O PATRIMÓNIO SER EMANCIPATÓRIO?


2022-02-22


EM VÃO: FECHA-SE UMA PORTA PARA QUE UMA JANELA FENOMENOLÓGICA SE ABRA


2022-01-27


SOBRE A 'ESTÉTICA DO CONHECIMENTO': UMA LEITURA DA PEDAGOGIA DE BAUKUNST


2021-12-29


CALL FOR ARCHITECTS


2021-11-27


DE QUE ME SERVE SER ARQUITECTA?


2021-10-26


'OS CAMINHOS DA ÁGUA'


2021-09-30


A ARQUITETURA PORTUGUESA: O TRAJETO DO SÉCULO XX E DESAFIOS DO SÉCULO XXI


2021-08-22


CERAMISTAS E ILUSTRADORES: UMA RESIDÊNCIA EM VIANA DO ALENTEJO


2021-07-27


COMPREENSÃO DA CIDADE DO PORTO ATÉ AO SÉCULO XX


2021-06-20


O ANTECEDENTE CULTURAL DO PORTO NA TRANSIÇÃO PARA O SÉCULO XXI


2021-05-12


JOÃO NISA E AS 'PRIMEIRAS IMPRESSÕES DE UMA PAISAGEM'


2021-02-16


A ORDEM INVISÍVEL DA ARQUITECTURA


2021-01-10


SURENDER, SURENDER


2020-11-30


AS MULHERES NO PRIVATE PRESS MOVEMENT: ESCRITAS, LETRAS DE METAL E CHEIRO DE TINTA


2020-10-30


DES/CONSTRUÇÃO - OS ESPACIALISTAS EM PRO(EX)CESSO


2020-09-19


'A REALIDADE NÃO É UM DESENCANTO'


2020-08-07


FORA DA CIDADE. ARTE E LUGAR


2020-07-06


METROPOLIS, WORLD CITY & E.P.C.O.T. - AS VISÕES PARA A CIDADE PERFEITA IMAGINADAS POR GILLETTE, ANDERSEN E DISNEY


2020-06-08


DESCONFI(N)AR, O FUTURO DA ARQUITECTURA E DAS CIDADES


2020-04-13


UM PRESENTE AO FUTURO: MACAU – DIÁLOGOS SOBRE ARQUITETURA E SOCIEDADE


2020-03-01


R2/FABRICO SUSPENSO: ITINERÁRIOS DE TRABALHO


2019-12-05


PRÁTICAS PÓS-NOSTÁLGICAS / POST-NOSTALGIC KNOWINGS


2019-08-02


TEMPOS MODERNOS, CERÂMICA INDUSTRIAL PORTUGUESA ENTRE GUERRAS


2019-05-22


ATELIER FALA - ARQUITECTURA NA CASA DA CERCA


2019-01-21


VICARA: A ESTÉTICA DA NATUREZA


2018-11-06


PARTE II - FOZ VELHA E FOZ NOVA: PATRIMÓNIO CLASSIFICADO (OU NEM POR ISSO)


2018-09-28


PARTE I - PORTO ELEITO TRÊS VEZES O MELHOR DESTINO EUROPEU: PATRIMÓNIO AMEAÇADO PARA UNS, RENOVADO PARA OUTROS. PARA INGLÊS (NÃO) VER


2018-08-07


PAULO PARRA – “UMA TRAJECTÓRIA DE VIDA” NA GALERIA ROCA LISBON


2018-07-12


DEPOIS, A HISTÓRIA: GO HASEGAWA, KERSTEN GEERS, DAVID VAN SEVEREN


2018-05-29


NU LIMITE


2018-04-18


POLAROID


2018-03-18


VICO MAGISTRETTI NO DIA DO DESIGN ITALIANO


2018-02-10


GALERIA DE ARQUITETURA


2017-12-18


RHYTHM OF DISTANCES: PROPOSITIONS FOR THE REPETITION


2017-11-15


SHAPINGSHAPE NA BIENAL DA MAIA


2017-10-14


O TEATRO CARLOS ALBERTO DIALOGA COM A CIDADE: PELA MÃO DE NUNO LACERDA LOPES


2017-09-10


“VINTE E TRÊS”. AUSÊNCIAS E APARIÇÕES NUMA MOSTRA DE JOALHARIA IBEROAMERICANA PELA PIN ASSOCIAÇÃO PORTUGUESA DE JOALHARIA CONTEMPORÂNEA


2017-08-01


23 – JOALHARIA CONTEMPORÂNEA NA IBERO-AMÉRICA


2017-06-30


PASSAGENS DE SERRALVES PELO TERMINAL DE CRUZEIROS DO PORTO DE LEIXÕES


2017-05-30


EVERYTHING IN THE GARDEN IS ROSY: AS PERIFERIAS EM IMAGENS


2017-04-18


“ÁRVORE” (2002), UMA OBRA COM A AUTORIA EM SUSPENSO


2017-03-17


ÁLVARO SIZA : VISÕES DA ALHAMBRA


2017-02-14


“NÃO TOCAR”: O NOVO MUSEU DO DESIGN EM LONDRES


2017-01-17


MAXXI ROMA


2016-12-10


NOTAS SOBRE ESPAÇO E MOVIMENTO


2016-11-15


X BIAU EM SÃO PAULO: JOÃO LUÍS CARRILHO DA GRAÇA À CONVERSA COM PAULO MENDES DA ROCHA E EDUARDO SOUTO DE MOURA


2016-10-11


CENAS PARA UM NOVO PATRIMÓNIO


2016-08-31


DREAM OUT LOUD E O DESIGN SOCIAL NO STEDELIJK MUSEUM


2016-06-24


MATÉRIA-PRIMA. UM OLHAR SOBRE O ARQUIVO DE ÁLVARO SIZA


2016-05-28


NA PEGADA DE LE CORBUSIER


2016-04-29


O EFEITO BREUER – PARTE 2


2016-03-24


O EFEITO BREUER - PARTE 1


2016-02-16


GEORGE BEYLERIAN CELEBRA O DESIGN ITALIANO COM LANÇAMENTO DE “DESIGN MEMORABILIA”


2016-01-08


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO PARA A ARQUITETURA E DESIGN EM 2016


2015-11-30


BITTE LEBN. POR FAVOR, VIVE.


2015-10-30


A FORMA IDEAL


2015-09-14


DOS FANTASMAS DE SERRALVES AO CLIENTE COMO ARQUITECTO


2015-08-01


“EXTRA ORDINARY” - JOVENS DESIGNERS EXPLORAM MATERIAIS, PRODUTOS E PROCESSOS


2015-06-25


PODE A TIPOGRAFIA AJUDAR-NOS A CRIAR EMPATIA COM OS OUTROS?


2015-05-20


BIJOY JAIN, STUDIO MUMBAI


2015-04-14


O FIM DA ARQUITECTURA


2015-03-12


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE II/II)


2015-02-11


TESOURO, MISTÉRIO OU MITO? A ESCOLA DO PORTO EM TRÊS EXPOSIÇÕES (PARTE I/II)


2015-01-11


ESPECTADOR


2014-11-10


A MARCA QUE TEM O MEU NOME


2014-10-04


NEWS FROM VENICE


2014-09-08


A INCONSCIÊNCIA DE ZENO. MÁQUINAS DE SUBJECTIVIDADE NO SUPERSTUDIO*


2014-07-30


ENTREVISTA A JOSÉ ANTÓNIO PINTO


2014-06-17


ÍNDICES, LISTAGENS E DIAGRAMAS: the world is all there is the case


2014-05-15


FILME COMO ARQUITECTURA, ARQUITECTURA COMO AUTOBIOGRAFIA


2014-04-14


O MUNDO NA MÃO


2014-03-13


A CASA DA PORTA DO MAR


2014-02-13


O VERNACULAR CONTEMPORÂNEO


2014-01-07


PÓS-TRIENAL 2013 [RELAÇÕES INSTÁVEIS ENTRE EVENTOS, ARQUITECTURAS E CIDADES]


2013-11-12


UMA SUBTIL INTERFERÊNCIA: A MONTAGEM DA EXPOSIÇÃO “FERNANDO TÁVORA: MODERNIDADE PERMANENTE” EM GUIMARÃES OU UMA EXPOSIÇÃO TEMPORÁRIA NUMA ESCOLA EM PLENO FUNCIONAMENTO


2013-09-24


DESIGN E DELITO


2013-08-12


“NADA MUDAR PARA QUE TUDO SEJA DIFERENTE”: CONVERSA COM BEYOND ENTROPY


2013-08-11


“CHANGING NOTHING SO THAT EVERYTHING IS DIFFERENT”: CONVERSATION WITH BEYOND ENTROPY


2013-07-04


CORTA MATO. Design industrial do ponto de vista do utilizador


2013-05-20


VÍTOR FIGUEIREDO: A MISÉRIA DO SUPÉRFLUO


2013-04-02


O DESIGNER SOCIAL


2013-03-11


DRESS SEXY AT MY FUNERAL: PARA QUE SERVE A BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA?


2013-02-08


O CONSUMIDOR EMANCIPADO


2013-01-08


SOBRE-QUALIFICAÇÃO E REBUSCO


2012-10-29


“REGIONALISM REDIVIVUS”: UM OUTRO OLHAR SOBRE UM TEMA PERSISTENTE


2012-10-08


LEVINA VALENTIM E JOAQUIM PAULO NOGUEIRA


2012-10-07


HOMENAGEM A ROBIN FIOR (1935-2012)


2012-09-08


A PROMESSA DA ARQUITECTURA. CONSIDERAÇÕES SOBRE A GERAÇÃO POR VIR


2012-07-01


ENTREVISTA | ANDRÉ TAVARES


2012-06-10


O DESIGN DA HISTÓRIA DO DESIGN


2012-05-07


O SER URBANO: UMA EXPOSIÇÃO COMO OBRA ABERTA. NO CAMINHO DOS CAMINHOS DE NUNO PORTAS


2012-04-05


UM OBJECTO DE RONAN E ERWAN BOUROULLEC


2012-03-05


DEZ ANOS DE NUDEZ


2012-02-13


ENCONTROS DE DESIGN DE LISBOA ::: DESIGN, CRISE E DEPOIS


2012-01-06


ARCHIZINES – QUAL O TAMANHO DA PEQUENÊS?


2011-12-02


STUDIO ASTOLFI


2011-11-01


TRAMA E EMOÇÃO – TRÊS DISCURSOS


2011-09-07


COMO COMPOR A CONTEMPLAÇÃO? – UMA HISTÓRIA SOBRE O PAVILHÃO TEMPORÁRIO DA SERPENTINE GALLERY E O PROCESSO CRIATIVO DE PETER ZUMTHOR


2011-07-18


EDUARDO SOUTO DE MOURA – PRITZKER 2011. UMA SISTEMATIZAÇÃO A PROPÓSITO DA VISITA DE JUHANI PALLASMAA


2011-06-03


JAHARA STUDIO


2011-05-05


FALEMOS DE 1 MILHÃO DE CASAS. NOTAS SOBRE O CONCURSO E EXPOSIÇÃO “A HOUSE IN LUANDA: PATIO AND PAVILLION”


2011-04-04


A PROPÓSITO DA CONFERÊNCIA “ARQUITECTURA [IN] ]OUT[ POLÍTICA”: UMA LEITURA DISCIPLINAR SOBRE A MEDIAÇÃO E A ESPECIFICIDADE


2011-03-09


HUGO MADUREIRA: O ARTISTA-JOALHEIRO


2011-02-07


O QUE MUDOU, O QUE NÃO MUDOU E O QUE PRECISA MUDAR


2011-01-11


nada


2010-12-02


PEQUENO ELOGIO DO ARCAICO


2010-11-02


CABRACEGA


2010-10-01


12ª BIENAL DE ARQUITECTURA DE VENEZA — “PEOPLE MEET IN ARCHITECTURE”


2010-08-02


ENTREVISTA | FILIPA GUERREIRO E TIAGO CORREIA


2010-07-09


ATYPYK PRODUCTS ARE NOT MADE IN CHINA


2010-06-03


OS PRÓXIMOS 20 ANOS. NOTAS SOBRE OS “DISCURSOS (RE)VISITADOS”


2010-05-07


OBJECTOS SEM MEDO


2010-04-01


O POTENCIAL TRANSFORMADOR DO EFÉMERO: A PROPÓSITO DO PAVILHÃO SERPENTINE EM LONDRES


2010-03-04


PEDRO + RITA = PEDRITA


2010-02-03


PARA UMA ARQUITECTURA SWISSPORT


2009-12-12


SOU FUJIMOTO


2009-11-10


THE HOME PROJECT


2009-10-01


ESTRATÉGIA PARA HABITAÇÃO EVOLUTIVA – ÍNDIA


2009-09-01


NA MANGA DE LIDIJA KOLOVRAT


2009-07-24


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR (Parte II)


2009-06-16


DA HESITAÇÃO DE HANS, OU SOBRE O MEDO DE EXISTIR


2009-05-19


O QUE É QUE SE SEGUE?


2009-04-17


À MESA COM SAM BARON


2009-03-24


HISTÓRIAS DE UMA MALA


2009-02-18


NOTAS SOBRE PROJECTOS, ESPAÇOS, VIVÊNCIAS


2009-01-26


OUTONO ESCALDANTE OU LAPSO CRÍTICO? 90 DIAS DE DEBATE DE IDEIAS NA ARQUITECTURA PORTUENSE


2009-01-16


APRENDER COM A PASTELARIA SEMI-INDUSTRIAL PORTUGUESA OU PORQUE É QUE SÓ HÁ UMA RECEITA NO LIVRO FABRICO PRÓPRIO


2008-11-20


ÁLVARO SIZA E O BRASIL


2008-10-21


A FORMA BONITA – PETER ZUMTHOR EM LISBOA


2008-09-18


“DELIRIOUS NEW YORK” EXPLICADO ÀS CRIANÇAS


2008-08-15


A ROOM WITH A VIEW


2008-07-16


DEBATER CRIATIVAMENTE A CIDADE: A EXPERIÊNCIA PORTO REDUX


2008-06-17


FOTOGRAFIA DE ARQUITECTURA, DEFEITO E FEITIO


2008-05-14


A PROPÓSITO DA DEMOLIÇÃO DO ROBIN HOOD GARDENS


2008-04-08


INTERFACES URBANOS: O CASO DE MACAU


2008-03-01


AS CORES DA COR


2008-02-02


Notas sobre a produção arquitectónica portuguesa e sua cartografia na Architectural Association


2008-01-03


TARZANS OF THE MEDIA JUNGLE


2007-12-04


MÚSICA INTERIOR


2007-11-04


O CIRURGIÃO INGLÊS


2007-10-02


NÓS E OS CARROS


2007-09-01


Considerações sobre Tempo e Limite na produção e recepção da Arquitectura


2007-08-01


A SUBLIMAÇÃO DA CONTEMPORANEIDADE


2007-07-01


UMA MITOLOGIA DE CARNE E OSSO


2007-06-01


O LUGAR COMO ARMADILHA


2007-05-02


ESPAÇOS DE FILMAR


2007-04-02


ARTES DO ESPAÇO: ARQUITECTURA/CENOGRAFIA


2007-03-01


TERRAIN VAGUE – Notas de Investigação para uma Identidade


2007-02-02


ERRARE HUMANUM EST…


2007-01-02


QUANDO A CIDADE É TELA PARA ARTE CONTEMPORÂNEA


2006-12-02


ARQUITECTURA: ESPAÇO E RITUAL


2006-11-02


IN SUSTENTÁVEL ( I )


2006-10-01


VISÕES DO FUTURO - AS NOVAS CIDADES ASIÁTICAS


2006-09-03


NOTAS SOLTAS SOBRE ARQUITECTURA E TECNOLOGIA


2006-07-30


O BANAL E A ARQUITECTURA


2006-07-01


NOVAS MORFOLOGIAS NO PORTO INDUSTRIAL DE LISBOA


2006-06-02


SOBRE O ESPAÇO DE REPRESENTAÇÃO MODERNO


2006-04-27


MODOS DE “VER” O ESPAÇO - A PROPÓSITO DE MONTAGENS FOTOGRÁFICAS



ARQUITECTAS: ENSAIO PARA UM MANUAL REVOLUCIONÁRIO

PATRÍCIA SANTOS PEDROSA


 


I

 

A diversidade de aproximações possíveis ao binómio mulheres/arquitectura torna as decisões sobre a reflexão do mesmo mais entusiasmante e, de igual modo, carregadas de uma maior responsabilidade. Depois de esboçarmos outras abordagens — históricas principalmente —, parece-nos o momento para um acercamento que lance pistas para acções futuras. À construção de uma ideia sobre o tema, que os dados e a reflexão — mesmo se deficitários — alimentam, é necessário somar acções. Só se compreende a relevância do que se trabalhou, no sentido de perceber e conhecer, se for para agir.

 

Como afirma Pierre Bourdieu (2002, pp.22-23), a ordem social funciona como uma imensa máquina simbólica que ratifica a dominação masculina sobre a qual se funda e da qual resulta, entre outras coisas, a divisão sexual do trabalho. Também refere que a diferença biológica dos corpos, feminino e masculino, aparece como justificação socialmente construída entre os géneros e em particular na divisão sexual do trabalho. Uma das premissas base com que trabalhamos é a existência, como defende este autor, de uma visão androcêntrica que se impõe como neutra e que pratica uma violência simbólica invisível para as suas vítimas, as mulheres.

 

Não serão aprofundados conceitos que, ainda que essenciais, nos ocupariam mais do que o aceitável no quadro desta reflexão mas que são incontornáveis em trabalhos futuros. A título de exemplo, a categoria “mulher” e respectivas contribuições — entre outras as de Judith Butler (1990) — necessitam ser parte de um cruzamento efectivo e crítico com o que aqui se esboça.

 

O objectivo principal deste ensaio é fazer um percurso, partindo dos escassos conhecimentos históricos e da actualidade das arquitectas portuguesas, cuja invisibilidade é claramente demonstrativa da falta de poder das mesmas, e perceber os possíveis modos de agir sobre a sua condição no sentido de se concretizar a óbvia revolução necessária.

 

 


II

 

A situação actual das arquitectas em Portugal, assim como a sua história, são quadros para os quais existem algumas informações mas existe principalmente uma séria necessidade de investigar, fixar dados e esclarecer sobre os diferentes tempos — passado e presente — para se perceber com maior solidez o que fazer com esta realidade percebida. [1] A informação existente pode sustentar algumas ideias sobre as arquitectas em Portugal. Relativamente à história esta é iniciada na já tardia década de 1940, com Maria José Estanco, formada em Lisboa em 1942, e Maria José Marques da Silva, formada no Porto no ano seguinte (Pedrosa, 2014, pp.107-110). O que se pode designar de paradigma fundacional, definido pela entrada formal destas duas mulheres no mundo da arquitectura, fixa o momento histórico em si mesmo mas confere igualmente uma base repetível para a condição futura das arquitectas.

 

Ou seja, por um lado, Maria José Estanco, apesar de ter visto o seu percurso académico reconhecido, não conseguiu encontrar um atelier que a recebesse e, deste modo, viu-lhe negado o direito à vida profissional como arquitecta. Por outro lado, Maria José Marques da Silva, filha do arquitecto Marques da Silva, teve atelier com o David Moreira da Silva, seu marido, mas, por diversas vezes, se verifica uma truncagem autoral da mesma. (Pedrosa, 2014, pp.107-109)

 

Assim, o que encontramos como as condições profissionais destas duas arquitectas pioneiras são dois modos de silenciamento distintos que se repetirão década sobre década. Uma, mais radical, é a negação pura e simples à própria profissão, implicando o abandono da mesma. Outra é a efectiva existência e acção no interior da profissão, com responsabilidades autorais, que não a defende, no entanto, do silenciamento que decorre do reconhecimento do trabalho efectuado, obliterando metade da parceria.

 

Avançando 70 anos até à actualidade muitas coisas mudaram mas demasiadas outras permanecem. A feminização crescente da esfera profissional da arquitectura é evidente. Ainda que o fosso formação/profissão ainda esteja por avaliar [2] os números das arquitectas membros da Ordem dos Arquitectos (OA) são significativos. Em 2012 as arquitectas inscritas na OA eram 40,1% do total de membros, em resultado de uma paulatina subida desde 2000, com 32,1%, e representando um salto significativo desde o início dos anos 1970, com 4,7%. (Pedrosa, Março de 2013, p.22)

 

Neste início do séc.XXI, os novos processos de trabalho no interior da profissão a que se assiste, com os colectivos mais ou menos alargados, são um desafio à tradicional mono-autoria e à sua variante mais recente, da bi-autoria. Absorvem parte da necessidade de actualização do paradigma fundacional referido. Para lá das invisibilidades impostas ainda às arquitectas verifica-se, com o surgimento da autoria colectiva, sob designações que, muitas vezes, nem deixam adivinhar a constituição das equipas, [3] uma contribuição para uma aparente destruição de um certo autor arquitectocentrismo, supostamente a favor de outros valores e dinâmicas na prática da arquitectura.

 

Mais do que retirar conclusões, com a escassez de dados disponível, interessa-nos sublinhar a pluralidade crescente dos modelos a que assistimos mas, de modo algum, deixar de ter presente que lado a lado com estes supostos novos formatos de trabalho, as velhas práticas continuam presentes.

 

 


III

 

Percebendo, entre empirismo e dados, que a feminização já referida não implica necessariamente uma mudança radical no modo de estar na arquitectura, interessa-nos esboçar um primeiro mapa de como reagir, de como actuar contra o que não faz sentido. Apontam-se três registos diferentes de acções necessárias, possíveis e em falta mas não se esgotam as acções seguramente no que referimos ou nas formas que referimos. Por um lado, a urgência de as instituições considerarem a importância de se conhecer aprofundadamente a questão das arquitectas portuguesas (história, números, etc.). Por outro, a necessidade de profissional, académica e socialmente as arquitectas portuguesas se organizarem e se constituírem em redes de trabalho. Finalmente, a concretização da presença crescente nas instituições estabelecidas.

 

Considerando a já referida falta de dados e reflexões sobre a situação das arquitectas em Portugal reclamar o estudo sistemático, sério e alargado das mesmas é essencial para se perceber melhor o que tem acontecido, o que se passa na actualidade e o que se intui que pode acontecer, assim como desenhar estratégias de reacção. O conhecimento contraria a invisibilidade e, de modo efectivo, a invisibilidade alimenta a inexistência. [4] A percepção genérica que os poucos dados corroboram é a de que as arquitectas em Portugal ainda estão longe de encontrar uma situação igualitária face aos seus colegas. Ainda é uma menoridade de direitos, de estatuto, de possibilidades e de poder que lhes enquadra o quotidiano. É vital que as instituições responsáveis — da OA ao Governo, passando pelas universidades e pelo Ministério da Educação e Ciência — destinarem meios humanos e materiais para que este vazio de conhecimento seja rapidamente suprimido.

 

Criado em 2013, o arcVision Prize — Women and Architecture é um prémio internacional que se assume como descriminação positiva, a favor da prática das arquitectas mundiais. Na sua primeira edição o prémio foi concedido à arquitecta brasileira Carla Juaçaba e na edição seguinte, no corrente ano, a arquitecta portuguesa Inês Lobo foi a ganhadora (arcVision, 2014). O sentido claro deste prémio coloca-o nas acções que são efectuadas na esfera da especificidade, as arquitectas, e que visam um óbvio empoderamento das mesmas. A visibilidade que o prémio procura, através da alargada divulgação, [5] amplia a visibilidade das próprias ganhadoras e, por consequência, das arquitectas em geral. No início de 2013, Martha Thorne, membro do júri arcVision e directora executiva do Prémio Pritzker, afirma sobre o primeiro ter os objectivos de “reconoce[r] y apoya[r] la capacidade, creatividad y la grande contribuición de las arquitectas”. Pela parte dos patrocinadores do prémio é referida inclusivamente a questão do empoderamento feminino social e corporativo, em que o grupo económico em causa estaria, segundo é dito, muito interessado (Interempresas, 2013).

 

Este exemplo, que pela sua afirmação inequívoca é relevante, pode ser um dos muitos necessários ver acontecer. A construção de redes diversificadas, por um lado, e a visibilidade do que fazem, pensam e propõem as arquitectas, por outro, são parte essencial de um processo de intra empoderamento com capacidade de se constituir como um caminho de exteriorização do mesmo. É imprescindível a organização de redes que alimentem o conhecimento, o reconhecimento, a divulgação e a visibilidade das práticas das arquitectas.

 

Susan Sontag refere a importância da participação das mulheres nas estruturas tradicionais. Na questão por ela enunciada da obtenção de poder igual, considera essencialmente a participação nas estruturas existentes. Sobre os encontros e actividades dedicadas à produção das mulheres, o que chama de construção de uma cultura separada, defende não serem acções que visem a obtenção do poder, por oposição ao que defende e que será essencial para ganhar a revolução não ganha ainda. Apesar do que afirma, refere igualmente que nunca recusou apresentar os seus filmes em festivais dedicados só a mulheres autoras. (Cott & Sontag, 2013, p.72)

 

Nesta esfera da presença das mulheres nas instituições, no que à arquitectura diz respeito, é de apontar, no caso português a existência de alguns casos interessantes. Apesar de nada indicar uma situação mais conseguida face a outras realidades europeias, não deixa de ser importante referir as duas presidentes que já estiveram à frente da Ordem dos Arquitectos (Pedrosa, 2013, p.244), ou as diversas directoras que alguns departamentos de arquitectura tiveram ou têm na actualidade. [6]

 

Numa resposta à questão de como agir surgem várias possibilidades, nem sempre consideradas de utilização simultânea. Decidirmo-nos pela construção de redes que reforcem o que se encontra em comum, discutindo-o, e permitir desse modo o empoderamento em meio controlado? Ou então perseguir a participação persistente nas estruturas institucionais vigentes, procurando nelas a tomada de poder? Parece-nos óbvio que a resposta não está em escolher um caminho em detrimento de outro. Antes usar todos os disponíveis, intensificando o seu uso mas também, se possível, inventar e arriscar novos.

 

 


IV

 

Como já referimos, Sontag fala da revolução por ganhar. Já em finais do séc.XVIII, Pierre Choderlos de Laclos (2002 [1783], pp.36-37) afirma a necessidade de as mulheres fazerem uma “grande revolução”, único modo de as mesmas conseguirem “escapa[r] à escravatura. Refere também que, por oposição à educação, a escravidão abafa as faculdades. Verifica-se que ainda que na educação formal a presença feminina suplante, neste momento, a presença masculina, no que chamamos a educação informal, de transmissão silenciosa e implícita, tal força não se reflecte.

 

Ao contrário do que é afirmado por Marx e Engels (1975 [1890], p.60), a época da burguesia não simplifica os antagonismos de classe. Se a luta das mulheres pelo igual lugar de visibilidade, de reflexão e de acção, ou seja, no poder é uma óbvia luta de classes, em nada a contemporaneidade é simplificada. É possível, inclusivamente, ser-se parte da classe oprimida, numa esfera social, e da classe que oprime numa outra. A hostilidade classista apresenta muitas dimensões e modos de acontecer. E se dúvidas existem sobre esta multitude de universos, demonstra a história que os revolucionários de ontem podem ser a classe dominante de hoje (Marx & Engels, 1975 [1890], pp.62-67), alimentando, com as suas acções asfixiantes quem fará a revolução de amanhã. Nas sociedades complexas o que antes se percebe acontecer numa linha do tempo, passa a colocar-se numa multiplicidade de acções e actores sincrónicos. Esta condição é parte do desafio e alimentará seguramente a reacção exigida.

 

Não parece relevante a ideia de que a arquitectura das mulheres será diferente — melhor ou não — do que a dos arquitectos homens. Cada indivíduo, enquanto arquitecto ou arquitecta terá a sua génese, corpo e cosmovisão particular. Antes se deve ter presente que o que se reclama é que a visibilidade, o poder e o acesso a todo e qualquer lugar profissional devem ser suportados unicamente pelo mérito do trabalho e das capacidades. Jamais por uma estrutura genética A ou B.

 

Por oposição ao trabalho invisível, exigente e muitas vezes desesperante que a arquitectura implica, surge-nos, enquanto público, a imagem de glamour e poder do fazer da mesma. Poder, criatividade e charme são atirados para cima da mesa, aplicando-se a quem a pratica este mesmo imaginário. A mistificação do arquitecto, ser de génio e capaz de sintetizar o belo necessário, esconde uma profissão com enormes responsabilidades sociais. Esta condição praticada do ser-se arquitecto/a valoriza a arquitectura e a cidade enquanto produto de consumo contra a condição essencial em ambas: constituírem-se como espaço de felicidade de quem as vive.

 

Não existe possibilidade de conquistar mudanças radicais a não ser com a convicção que os direitos e os poderes se exigem. Não considerar que o direito a uma existência efectiva das arquitectas portuguesas enquanto tal é uma luta (de classes!) longe de estar encerrada, é tomar como certa a mentalidade ficcionada pela visão androcêntrica, onde a dominação masculina é ratificada pela ordem social e desse modo tornada invisível.

 

A arquitectura é suficientemente importante para não se poder satisfazer com as estruturas sociais redutoras e segregadoras em que existimos. Redutoras de parte dos actores — as arquitectas — mas também de quem se vê implicado pelas práticas decisórias tanto arquitectónicas como urbanas — as cidadãs. As mudanças radicais implicam acções radicais. A revolução é a exigência, a imposição agida e exigida da mudança.

 

Arquitectas (portuguesas e) de todos os países, uni-vos!

 

 


::::

 

Patrícia Santos Pedrosa
(Lisboa, 1971) Arquitecta (1997, FAUTL), Mestre em História da Arte (2008, FCSH-UNL) e Doutora em Projectos Arquitectónicos (2010, ETSAB-UPC). Professora auxiliar e coordenadora pedagógica do Departamento de Arquitectura da ULHT, Lisboa. Investigadora do Labart, ULHT. Colaboração anterior com os ateliers UTOPOS e CVDB Arquitectos. Áreas principais de investigação: arquitectura portuguesa (séc.XX), teoria e história do habitar, antropologia do espaço e arquitectura e género. Diversos artigos publicados e presença em congressos, conferências e seminários em Madrid, Lisboa, Barcelona, Veneza, Berlim, Istambul, Brighton, Pamplona, entre outros.

 

::::

 

NOTAS

[1] Se, por um lado, existem apontamentos de mudança, refira-se, a título de exemplo, a investigação que está a ser realizada, em contexto de tese de doutoramento por Paula Monteiro, na Universidade do Porto, e que esperamos vir a trazer novidades e a ser a primeira das muitas necessárias, por outro, no 2.º Congresso Internacional Arquitectura e Género: Matrizes que se realizará em Lisboa em Março de 2015, consideradas as propostas apresentadas com contexto português — 4 em 75 — resulta, numa leitura seguramente simplista, numa falta de interesse por estes temas. Provável reflexo da própria invisibilidade desta discussão no âmbito académico português.

[2] Será importante saber a percentagem de arquitectas e arquitectos recém-formadas/os que não chegam a entrar na profissão e/ou a inscreverem-se na OA. É mais um dos estudos urgentes necessários para que se conheça efectivamente a profissão em Portugal.

[3] A título de exemplo: Arquitectos Anónimos, Artéria, Ateliermob, Blaanc, Embaixada ou Moov.

[4] Não é só a profissão liberal que exige a atenção de investigadores e da OA. Os corpos docentes universitários dos cursos de arquitectura, o poder local e central e o sector privado são outros universos específicos que interessa estudar e conhecer em geral e neste enfoque das arquitectas em particular.

[5] Cf. Rassegna Stampa Italia 2013 e Rassegna Stampa estera 2013 (arcVision, 2014).

[6] Por exemplo, o Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora que contou com Marta Sequeira como directora e que tem na actualidade Sofia Salema ou do Departamento de Arquitectura e Urbanismo do ISCTE que tem Sara Eloy também como directora.

 

::::

 

REFERÊNCIAS

ARCVISION (2014). arcVision Prize. Obtido em 25 de Nov. de 2014, de arcVision: http://www.arcvision.org/?cat=311

BOURDIEU, P. (2002). La Domination Masculine. Paris: Éditions du Seuil.

BUTLER, J. (1990). Gender Trouble. Feminism and the subversion of identity. Nova Iorque: Routledge.

COTT, J., & SONTAG, S. (2013). The Complete Rolling Stone Interview. New Haven; London: Yale.

INTEREMPRESAS (19 de Fev. de 2013). Italcementi Group presenta el Premio arcVision Mujeres y Arquitectura. Obtido em 26 de Nov. de 2014, de Interempresas: http://www.interempresas.net/Construccion/Articulos/106034-Italcementi-Group-presenta-el-Premio-arcVision-Mujeres-y-Arquitectura.html

LACLOS, P. C. (2002 [1783]). Da Educação das Mulheres. Lisboa: Antígona.

MARX, K., & ENGELS, F. (1975 [1890]). Manifesto do Partido Comunista. Lisboa: Editorial «Avante!».

PEDROSA, P. (2013). Architectes (Portugal). In B. Didier, F. Antoinette, & M. Calle-Gruber, Le Dictionnaire Universel des Créatrices (Vol.1, pp.244-245). Paris: des femmes.

PEDROSA, P. S. (Março de 2013). Arquitectura: profissão e emprego. Boletim Arquitectos, 230, 21-22.

PEDROSA, P. S. (2014). Women Architects in Portugal. A long and widing road. In N. Álvarez Lombardero, Women Architects. Redefining the Practice 1st International Symposium on Architecture and Gender (pp.99-112). Sevilha: ETSAS-Universidad de Sevilla.

 

::::

[a autora escreve de acordo com a antiga ortografia]